Capital Fluminense
Morte de Sargento da PM por febre maculosa é confirmada
Carlos Eduardo da Silva teria sido infectado durante etapa do Curso de Operações da Polícia de Choque, em uma zona de mata no bairro de Campo Grande, Zona Oeste do Rio.A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) do Rio e a Polícia Militar confirmaram, nesta terça-feira (26), que a morte do sargento Carlos Eduardo da Silva, na semana passada, foi causada por febre maculosa, contraída através da picada do carrapato-estrela. O militar era instrutor do Curso de Operações de Polícia de Choque (COPC) e conduzia uma atividade no bairro de Campo Grande, em uma zona de mata, onde o contágio teria acontecido.
Carlos Eduardo era morador de Teresópolis, na Região Serrana do Rio, e chegou a ficar internado no hospital da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), mas não resistiu.
Além do sargento, o cabo Mario César Coutinho de Amaral, que também participou do treinamento, morreu no último domingo (24), com suspeita da doença, mas o caso dele ainda está sob investigação. Segundo a SMS e a Polícia Militar, os outros agentes que fizeram o curso passaram por uma bateria de exames e já não são mais considerados casos suspeitos da febre maculosa.
Febre maculosa
De acordo com o secretário estadual de Saúde do Rio, Alexandre Chieppe, a febre maculosa é causada por uma bactéria transmitida por um carrapato específico, chamado de carrapato-estrela, comum em capivaras e cavalos.
Entre os sintomas da doença, estão febre alta repentina, dor de cabeça e no corpo, mal-estar generalizado, náuseas e manchas vermelhas pelo corpo, principalmente nas mãos e nos pés. O diagnóstico é feito com exame laboratorial de sangue ou amostra de lesões de pele
Segundo Chieppe, os locais de ocorrência mais comuns de febre maculosa estão situados nas regiões noroeste e serrana do estado. A região de Campo Grande, onde possivelmente aconteceu o contágio, não é considerada uma área endêmica da doença.