Rio
Morre aluno do Cefet vítima de bala perdida no Maracanã
Matheus Cardoso Martins Passos foi atingido durante confronto entre policiais e criminosos no Maracanã. Um amigo dele também se feriuMatheus Cardoso Martins Passos, de 21 anos, estudante do Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (Cefet), morreu nesta quarta-feira (6) após ser baleado durante confronto entre policiais militares e criminosos nos arredores do Maracanã, em 22 de fevereiro.
Matheus estava em um bar com o amigo Henrique Roberto, que também foi baleado no tórax. Os estudantes foram encaminhados ao Hospital municipal Souza Aguiar, no Centro. Matheus passou por cirurgia após o incidente, mas não resistiu e morreu.
Segundo a Polícia Militar, militares do 6º BPM (Tijuca) realizavam policiamento quando notaram uma moto e um carro com ocupantes em atitude suspeita na esquina das ruas Paula Souza com São Francisco Xavier. Durante a abordagem, os criminosos atiraram na direção dos agentes e houve troca de tiros.
O Diretório Central dos Estudantes do Cefet divulgou nota lamentando a morte do rapaz.
Leia abaixo na íntegra:
É com profundo pesar e tristeza que o DCE do CEFET/RJ vem por meio dessa nota comunicar a todos os estudantes e funcionários, o falecimento do aluno Matheus Cardoso Martins Passos, que foi baleado durante uma perseguição policial nos arredores da instituição, no dia 22/02, enquanto voltava da sua aula.
Matheus era estudante do técnico subsequente de Administração, que assim como todo nós, tinha sonhos, vontade de se formar e se tornar um profissional competente. Não conseguimos mensurar a dor de toda sua família e amigos, que acompanharam sua linda trajetória.
A vida dos jovens do Rio de Janeiro segue sendo interrompida. É um absurdo que o CEFET e o governo do estado não consigam garantir a nossa segurança, nos tirando o direito de ir e vir da nossa universidade. Exigimos justiça pela vida de Matheus e de todos os outros estudantes que perderam sua vida em decorrência da violência no nosso estado. Não podemos descansar enquanto isso for uma realidade! É cada vez mais evidente que os os estudantes, em especial os negros e periféricos, estão em constante estado de insegurança.
O DCE está em contato com os familiares e se coloca presente para ajudar a família de Matheus no que for preciso. Juntos somos mais fortes!