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Moïse Kabagambe: Manifestantes cobram justiça pela morte do congolês na Barra da Tijuca
Protesto ocupa a faixa da Avenida Lucio Costa, em direção à Zona SulNa manhã deste sábado (5), um protesto contra a morte do congolês Moïse Kabagambe, assassinado no último dia 24, é realizado em frente ao quiosque Tropicália, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro. A manifestação foi organizada pela comunidade congolesa junto ao movimento negro do Rio de Janeiro.
‘Justiça’ é a palavra mais dita e gritada durante o protesto que reúne centenas de pessoas em frente ao quiosque. A psicóloga Roberta Massoto, 32, veio com um cartaz com os dizeres: ‘vidas negras importam’. Ela pede pelo fim da morte de pessoas negras. “Estamos cansados de tanta violência, de tanta desumanidade conosco. Eu vim aqui para dar esse basta. Um grito de liberdade para mim e para o meu povo.”
Durante o protesto, o advogado da família, Rodrigo Mondego disse acreditar que mais pessoas estejam envolvidas na morte do congolês. “A gente requisitou o inquérito na terça-feira e até agora não foi fornecido. Tudo que a gente teve acesso foi pela mídia. Pelo o que a gente viu até agora existe a possibilidade de ter mais gente envolvida além dos três que foram presos. Teve gente que ajudou a amarrar ele.”
Um carro de som também é usado na manifestação. Diversos sindicatos e movimentos negros participam do ato.
Houve um princípio de tumulto quando manifestantes atacaram o quiosque e chegaram a quebrar o letreiro.
A Secretaria Municipal de Fazenda e Planejamento vai transformar em um memorial, em homenagem à cultura congolesa e africana, os quiosques Biruta e Tropicália, com o objetivo de promover a integração social e econômica de refugiados africanos. A ação será realizada em parceria com a Orla Rio. De acordo com a Prefeitura, a gestão de um dos dois quiosques será oferecida aos familiares de Moïse Mugenyi. As mudanças previstas buscam transformar o local em um ponto de referência com comida típica, música e artesanato.