Brasil
Marca da Nestlé encerra parceria com fazenda que utiliza mão de obra escrava
A Nespresso suspendeu compras com a Cedro II
Por Redação Tupi
A Nespresso, marca da Nestlé especializa em capsulas de café e cafeteiras, teve o nome associado à fazenda Cedro II, acusada de utilizar mão de obra escrava nesta quarta-feira. Em resposta ao caso, hoje, a empresa decidiu suspender as relações comerciais que mantinha com o local. A fazenda, localizada no Triângulo Mineiro, está na lista divulgada pelo Governo Federal de empresas e marcas acusadas de abusar da mão de obras de trabalhadores.
Em declaração oficial, a Nestlé disse que todas as fazendas que fornecem café para a empresa são rigorosamente avaliadas, e que não aceitariam uma situação daquelas.
De acordo com a lista, a gigante norte-americana Starbucks também comprava café do mesmo local. Em nota oficial, a empresa disse que vai investigar o caso, e se as acusações se confirmem, irá também suspender os negócios com a fazenda.
A ONG Repórter Brasil disse que Helvécio Sebastião Batista, proprietário e administrador da Cedro II, declarou que a acusação do Ministério do Trabalho é incoerente e que já está tomando as providências necessárias.
“Entrei com mandado de segurança e não paguei um centavo de multa… É tudo inverdade. Esses caras do ministério fazem terrorismo para cima da gente que está fazendo riqueza para esse país” – disse Batista.
19 trabalhadores foram encontrados na fazenda em condições precárias de trabalho. Trabalhavam sem cozinha ou banheiro adequados e, muitas vezes, faziam jornadas longas de trabalho, sem folga semanal.