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Brasil

Lula cobra ações dos países ricos para o combate às mudanças climáticas

Na cúpula do G20, presidente cita tragédia no Rio Grande do Sul como exemplo das consequências do aquecimento global

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Foto destaque: Ricardo Stuckert/PR

Durante a sessão de abertura da 18ª Cúpula de Chefes de Estado e Governo do G20, na manhã deste sábado (9), em Nova Delhi, na Índia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva mencionou o ciclone que provocou uma tragédia no Rio Grande do Sul nos últimos dias. No encontro, Lula voltou a cobrar medidas mais contundentes dos países ricos no combate às mudanças climáticas.

“O descompromisso com o meio ambiente nos leva a uma emergência climática sem precedentes. O aquecimento global modifica o regime de chuvas e eleva o nível dos mares. As secas, enchentes, tempestades e queimadas se tornam mais frequentes e minam a segurança alimentar e energética. Agora mesmo no Brasil, o estado do Rio Grande do Sul foi atingido por um ciclone que deixou milhares de desabrigados e dezenas de vítimas fatais”, destacou Lula.

O presidente diz que é necessário que os países ajam o mais rápido possível para diminuir os impactos das mudanças. Do contrário, de acordo com ele, esses efeitos continuarão a devastar as populações menos favorecidas.

“Se não agirmos com sentido de urgência, esses impactos serão irreversíveis. Os efeitos da mudança do clima não são sentidos por todos da mesma forma. São os mais pobres, mulheres, indígenas, idosos, crianças, jovens e migrantes, os mais impactados. Quem mais contribuiu historicamente para o aquecimento global deve arcar com os maiores custos de combatê-la. Esta é uma dívida acumulada ao longo de dois séculos”, afirmou.

Lula voltou a cobrar dos países desenvolvidos uma medida acordada ainda em 2009, na COP15, em Copenhague, na Dinamarca. Na ocasião, foi acertada a criação de um fundo no valor de US$ 100 milhões para financiar ações de combate às mudanças climáticas, algo que nunca saiu do papel.

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