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Levantamento aponta que maioria dos mortos em ações policiais no Rio são negros

Entre os 1.902 mortos que tiveram a cor informada, 939 eram negros

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homem negro
(Reprodução)
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Novamente o Rio de Janeiro é o Estado que mais matou pessoas negras em ações policiais. Entre os mil 902 mortos que tiveram a cor informada, 939 eram negros. Os dados constam no boletim da Rede de Observatórios da Segurança e foram colhidos em 2020. Assim como nos anos anteriores, o Estado Fluminense segue sendo o que mais produz mortes em ações e intervenções das polícias.

Foram mil 245 óbitos no ano passado. Entre os mortos por agentes de segurança pública, 86% são pessoas negras. Já no que se refere as capitais, no Rio, 90% dos mortos em ações policiais são negros. A Rede também fez análises nos estados do Ceará, Maranhão, Pernambuco, Piauí, São Paulo e Bahia. Ao todo o gráfico mostrou em todos os estados, a presença de negros entre os mortos pela polícia é bem maior do que a sua composição populacional.  Essa é a imagem mais contundente do racismo que estrutura a nossa sociedade.

Sobre a Rede de Observatórios

Após dois anos operando na produção cidadã de dados em cinco estados, a Rede de Observatórios,  projeto do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania (CESeC), com apoio da Fundação Ford, chegou ao Maranhão e ao Piauí no segundo semestre deste ano. A Rede de Estudos Periféricos, da UFMA e IFMA, e o Núcleo de Pesquisas sobre Crianças, Adolescentes e Jovens, da UFPI se unem a Iniciativa Negra por uma Nova Política sobre Drogas (INNPD).

Gabinete de Assessoria Jurídica às Organizações Populares (Gajop); Laboratório de Estudos da Violência (LEV/UFC) e ao Núcleo de Estudos da Violência (NEV/USP). O objetivo é monitorar e difundir informações sobre segurança pública, violência e direitos humanos.

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Gráfico: Rede de Observatórios da Segurança