Capital Fluminense
Justiça autoriza volta das investigações sobre caso das rachadinhas de Flávio Bolsonaro
A defesa do senador afirmou que a notificação é precipitada e disse que vai recorrer ao STJA Justiça do Rio determinou a continuidade do processo que apura o caso das “rachadinhas” na Assembleia Legislativa do Rio, a Alerj contra o senador Flávio Bolsonaro. O Tribunal de Justiça do Estado aceitou um pedido do Ministério Público do Rio, que defendia o prosseguimento das investigações contra o filho mais velho do presidente Jair Bolsonaro.
No processo, o parlamentar que à época era deputado estadual da Alerj, seria o líder de um esquema de recolhimento de salários de seus assessores na casa legislativa, no Centro do Rio. O senador nega qualquer irregularidade em seu gabinete, durante o período em que foi deputado pelo estado do Rio de Janeiro.
Na decisão sigilosa proferida no dia 30 de junho, a desembargadora do Tribunal de Justiça do Rio, Maria Augusta Vaz Monteiro de Figueiredo acolheu o pedido do MP e determinou que os acusados sejam notificados para apresentar resposta à acusação. As comunicações foram expedidas na última terça-feira desta semana, (03).
O processo que apura o suposto caso das rachadinhas estava parado há mais de seis meses. Na mesma decisão, a magistrada também determinou que os acusados sejam notificados para apresentarem resposta. Segundo apuração do Ministério Público do Rio, o esquema consistia na devolução de parte de salários de servidores públicos da Alerj a parlamentares e teria sido praticado no gabinete de Flávio Bolsonaro, quando ele ocupava o cargo de deputado estadual no Rio.
Em nota a defesa de Flávio afirmou que a notificação é precipitada e disse que vai recorrer ao STJ. Segundo os advogados do senador, o próprio Ministério Público havia se manifestado no sentido de se aguardar o desfecho dos recursos que pedem a anulação total do processo, antes de nova denúncia.
Veja a íntegra da nota da defesa:
“O próprio Ministério Público havia se manifestado no sentido de se aguardar o desfecho dos recursos que pedem a anulação total do processo, antes de nova denúncia. Decerto a defesa reclamará ao STJ a preservação da autoridade do seu julgado que determinou a exclusão de todas as provas contaminadas pelo afastamento dos sigilos fiscal e bancário. A notificação será respondida assim que chegar ao nosso conhecimento.”