Patrulhando a Cidade
Julgamento do caso Patrícia Amieiro é novamente adiado
Defesa de policiais acusados pela morte da engenheira alega não ter recebido intimaçãoMais uma vez foi adiado o julgamento dos quatro policiais militares acusados de serem os responsáveis pela morte da engenheira Patrícia Amieiro, morta aos 24 anos, quando voltava de uma festa, em 2008. De acordo com o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, a defesa dos PMs alega não ter recebido intimação para apresentar as testemunhas. Na ocasião, a intimação foi enviada ao advogado que estava acompanhando o caso, que morreu neste ano.
Em entrevista a Super Rádio Tupi, Celso Franco, pai de Patrícia, falou sobre a demora na solução do caso e disse que a família sofre, com medo de represálias:
Esta é a segunda vez que o caso é adiado. No início de setembro, o júri também precisou ser remarcado pois a defesa dos acusados não compareceu ao julgamento.
A morte de Patrícia completou 11 anos no dia 14 de junho. Patrícia Amieiro foi morta quando voltava de uma festa no Morro da Urca e seguia em direção à sua casa, na Barra da Tijuca, Zona Oeste da cidade. Após passar por uma blitz com quatro policiais na saída do Túnel do Joá, o Fiat Palio que ela dirigia foi atingido por uma série de disparos.
As investigações apontam que os policiais militares Marcos Paulo Nogueira Maranhão e William Luis do Nascimento são responsáveis pelos tiros contra o carro da engenheira. Eles teriam efetuado os disparos após confundirem o veículo com um carro dirigido por traficantes. Após os tiros, os dois teriam jogado o veículo, com o corpo de Patrícia, no Canal de Marapendi. Eles respondem por tentativa de homicídio, porque até hoje o corpo não foi encontrado. Eles também respondem por alterar o local do crime. Os PMs Fábio da Silveira Santana e Márcio Oliveira dos Santos são acusados de fraude processual. Os quatro seguem em liberdade e atuando na corporação.