Patrulhando a Cidade
Jovem que jogou água e óleo quente em adolescente se apresenta na delegacia
Emanuelle Almeida Martins, de 18 anos, se recusou a prestar declarações durante o depoimento e foi liberada, já que não havia flagranteA jovem acusada de jogar uma panela com água e óleo quente em uma adolescente após uma festa em Realengo, na Zona Oeste do Rio, vai responder judicialmente pelo crime. Emanuelle Almeida Martins, de 18 anos, se apresentou à 33ª DP (Realengo), acompanhada de uma advogada.
A mãe da jovem, identificada como Gracileia, diz que pediu para que a filha fosse até a delegacia.
“Nós não somos coniventes, nem vamos esconder a Emanuelle. A gente quer entregá-la para a Justiça para que ela pague tudo em juízo. Ela vai responder tudinho, mas diante de um juiz.”
De acordo com o delegado Reginaldo Guilherme, responsável pelas investigações, a acusada se recusou a prestar declarações durante o depoimento e foi liberada, já que não havia flagrante do delito ou mandado de prisão.
“A acusada, apesar de ter jogado óleo com água quente na vítima, se apresentou na delegacia acompanhada de uma advogada e se reservou ao direito de prestar declarações em juízo. Mas independentemente disso, as investigações prosseguem e ela vai pagar pelo crime hediondo que ela praticou contra essa menina. As investigações prosseguem.”, afirmou o delegado.
Maria Eduarda dos Santos, de 17 anos, atingida pela água e óleo quente, está internada no CTI do Centro de Tratamento de Queimados do Hospital Municipal Pedro II, em Santa Cruz, também na Zona Oeste. O estado de saúde dela é considerado estável, segundo a Secretaria Municipal de Saúde.
O caso aconteceu na última quinta-feira (2).
Em um áudio que circula na internet, Emanuelle diz que Maria Eduarda estaria trocando mensagens com um rapaz que ela também estava interessando, motivando o ataque.
“A gente tava na festa, na resenha do ‘bofe’. Enquanto o uber estava chegando, eu tava olhando a conversa dela com o Marcos. Aí eu já fiquei p*uta, já não queria mais ir embora, queria esperar ela chegar porque eu ia fazer ela passar vergonha ali mesmo.”, disse Emanuelle.
Quando o carro de aplicativo chegou, o ataque aconteceu.
“Quando o uber chegou, eu peguei a panela, olhei assim pra cara dela, ela não me viu com a panela na mão e falei assim: ‘mona, estou fazendo isso pra tu não querer me fazer como otária, não querer me levar enganada’. E joguei”, completou a acusada.
Maria Eduarda começou a gritar, se contorcendo no chão.
Amigas da vítima realizaram uma manifestação em frente ao Hospital Pedro II, pedindo justiça.