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Jogador revela que perdeu quase R$ 1 milhão por vício em apostas
Atualmente sem clube, Dodô entrou em campo apenas duas vezes em 2025
Paulo Henrique Athanazio viu o jogo deixar de ser paixão para se tornar no seu principal inimigo. Aos 25 anos, o jovem que despontou como promessa no interior de São Paulo agora não consegue mais ir a campo para fazer o que mais amou um dia: jogar futebol. Tudo isso pelas consequências que o vício em apostas online trouxe para a sua vida.
Há três anos, Dodô, como é conhecido, começou a fazer apostas esportivas como brincadeira e uma forma de ganhar um dinheiro extra para complementar a renda. Com o passar do tempo, os valores apostados foram aumentando e os bens conquistados ao longo da carreira como jogador diminuindo. Ele vendeu o carro, o apartamento, esgotou as economias e viu a família se distanciar.
“Comecei nessas apostas esportivas através de outras pessoas, que eram do meio do futebol. Eu vi que ganhava, que perdia e aí comecei a pegar interesse e fazer alguns joguinhos. Fazia de R$ 10 para tentar ganhar R$ 1.000 e não conseguia. Eu ia jogando e vendo coisas da internet, desses caras que apostam, que tinha que aumentar o valor e diminuir o número de jogos. E fui pegando esse costume: jogava e ganhava, perdia, ganhava, perdia. Teve vez que eu ganhei R$ 50 mil no final de semana, teve vez que perdi os R$ 50 mil”.

Dodô admite que passou a pedir dinheiro emprestado e mentir sobre o destino do valor. O resultado disso foi o distanciamento do futebol e a queda na carreira, passando por clubes menores e não conseguindo se firmar. O motivo, segundo ele, é que os empréstimos feitos com colegas de elenco acabam rachando o grupo pela falta de pagamento por parte dele.
Segundo Dodô, o prejuízo com as apostas chegou a quase R$ 1 milhão.
A maior perda de Dodô foi o convívio com pessoas da família. A mãe o acolheu e até fez um empréstimo para ajudar o filho a pagar as dívidas, atualmente na casa dos R$ 120 mil. O atacante diz que o apoio familiar foi fundamental. Ele não buscou ajuda profissional e atualmente trabalha como pedreiro, lavando casas e roupas
Atualmente sem clube, Dodô entrou em campo apenas duas vezes em 2025 durante a breve passagem pelo Campinense. O meia-atacante também tem feito jogos na várzea na região de Sertãozinho, no interior de São Paulo, para complementar a renda enquanto aguarda uma nova oportunidade no futebol.
