Rio
Inflação sobe impulsionada pela alta dos alimentos e cenoura é a grande vilã da cesta básica
Já alimentação fora de casa desacelerou no mês de janeiro, de acordo com levantamento do IBGE
A inflação do país foi de 0,42% em janeiro. A alta no primeiro mês do ano foi influenciada especialmente pelo aumento do grupo alimentação e bebidas, que tem o maior peso no indicador. Nesse cenário, a alimentação no domicílio ficou mais cara, influenciada, sobretudo pelo avanço nos preços da cenoura (43,85%), batata-inglesa (29,45%), feijão-carioca (9,70%), do arroz (6,39%) e das frutas (5,07%).
Já a alimentação fora de casa, desacelerou no mês de janeiro, em comparação com dezembro e, apresentou altas menos intensas do lanche e da refeição. No mês anterior, os dois subitens haviam registrado aumento. Os dados são do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado nesta quinta-feira (8) pelo IBGE.
“O resultado de janeiro tem, assim como em dezembro, o grupo alimentação e bebidas como principal impacto. O aumento nos preços dos alimentos é relacionado principalmente à temperatura alta e às chuvas mais intensas em diversas regiões produtoras do país”, explica o gerente da pesquisa, André Almeida. É a maior alta de alimentação e bebidas para um mês de janeiro desde 2016 (2,28%).
No grupo de saúde e cuidados pessoais (0,83%), houve aumento em higiene pessoal (0,94%), com as altas do produto para pele (2,64%) e do perfume (1,46%). Outros itens de destaque foram o plano de saúde (0,76%) e os produtos farmacêuticos (0,70%). Por sua vez, a alta do grupo de habitação (0,25%) foi impulsionada pelo aumento nos preços da taxa de água e esgoto (0,83%) e do gás encanado (0,22%), enquanto a energia elétrica residencial (-0,64%) teve queda.