INCA registra aumento de 6,5% em bolsas de sangue coletadas

Os jovens foram os que mais doaram sangue no hemonúcleo do Instituto Nacional de Câncer (INCA), entre janeiro e meados de junho deste ano, impulsionando o aumento de 6,5% no número de bolsas coletadas em 2023. No período, o INCA recebeu 4,1 mil bolsas de sangue de voluntários com o grupo entre 18 e 29 anos, representando 30% deste universo com 1,3 mil doações recebidas.

Doadores de 30 a 39 anos fizeram 1,1 mil doações. Foram coletadas, ainda, aproximadamente duas mil bolsas de sangue nas faixas de 40 a 49 anos e de 50 e 69 anos. Mesmo com esse aumento, a meta de coletar 70 bolsas por dia ainda não está sendo alcançada, ficando 30% abaixo do necessário. Isso dificulta o atendimento aos pacientes em tratamento nas quatro unidades hospitalares do INCA.

“Cada doação pode beneficiar até quatro pessoas, e os estoques de sangue precisam ser constantemente abastecidos para atender à demanda. Convidamos todos os que podem doar sangue a se juntarem a nós nessa causa essencial”, enfatiza a chefe do Serviço de Hemoterapia, Iara Motta.

O grupo Corrente de Bem, que reúne moradores de Saquarema, na Região do Lagos do Rio de Janeiro, aceitou o convite. Eles aproveitaram o Dia Mundial do Doador de Sangue e o Junho Vermelho para mobilizar a cidade a doar sangue no INCA, apesar da distância. Ao todo, o grupo, fundado no ano passado, já conta com 700 doadores cadastrados.

“Priorizamos o INCA pelo fato de aqui também ser possível fazer o cadastro para doação de medula óssea. Sabemos que essa é uma necessidade constante, e queremos contribuir de forma ampla para a saúde dos pacientes atendidos pelo Instituto”, ressalta a mobilizadora do Corrente de Bem, Rejane Paranhos.

Segundo dados do Ministério da Saúde, referentes a 2022, 1,4% da população doa sangue, o que representa 14 pessoas a cada mil habitantes, totalizando cerca de 3 milhões de doações de sangue por ano no Sistema Único de Saúde (SUS).