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Importância do feminino no novo mundo orientado pelo ESG

Termo vai impactar a dinâmica corporativa e incorpora com ações que vão muito além da lucratividade

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Importância do feminino no novo mundo orientado pelo ESG

Uma revolução silenciosa atende por uma sigla de apenas três letras e promete ser referência para aqueles que querem prosperar em seus mercados daqui em diante: ESG.

O termo, que vem do inglês Environmental, Social, and Governance (Governança socioambiental), está carregado de significados e atitudes que serão sentidos não só no dia-a-dia corporativo como no fluxo de caixa e na reputação das empresas.

O ESG vai impactar a dinâmica corporativa e incorporar, no dia-a-dia, ações que vão muito além da lucratividade. É a atitude sendo valorizada, ao lado dos cifrões.

E é neste sentido que se faz absolutamente essencial o papel da liderança feminina é um diferencial para essa grande necessidade de reaprendizagem organizacional.

Estudo feito em 2019 sobre diversidade conduzido pela consultoria McKinsey & Company, comparando gênero e dados financeiros, mostrou que as companhias que possuem pelo menos uma mulher em seu time de executivos são mais lucrativas.

Justificar uma maior presença de mulheres em cargos de liderança pela lucratividade não é assunto novo. Isso porque essas empresas têm 50% mais chance de aumentar a rentabilidade e 22% de crescer a média da margem Ebitda.

Quem não se adaptar será substituído, como evidenciaram os prognósticos da principal empresa de dados para o mercado financeiro, a Bloomberg, que anunciou o seu mais recente índice de igualdade de gênero, o Gender Equality Index (GEI), seguindo a esteira de movimentações do mercado por transparência de informações relacionadas à governança socioambiental.

A relevância do feminino na nova etapa do universo corporativo

O “mercado por elas” vai obrigar os setores a pensarem de forma mais flexível, afinal, nós entendemos de jornada híbrida. O trabalho remoto vem sendo praticado pelas mulheres há décadas, seja de dentro das empresas, gerindo e administrando os lares, seja de dentro de casa, organizando as múltiplas atividades invisibilizadas e não remuneradas.

O que índices e indicadores como o GEI e ESG trazem como diferencial é justamente a visibilidade do papel e contribuição das mulheres na escala da lucratividade.

Para uma empresa pontuar no GEI, os fatores avaliados foram desde o compromisso em atrair, reter e desenvolver mulheres para posições de liderança até igualdade de remuneração e paridade salarial de gênero, políticas contra assédio sexual e posicionamento de marca pró-mulheres.

No mercado delas, as ações do dia-a-dia ganham visibilidade e o “como você faz” para atingir seus resultados passa a ter métricas de performance para orientar a decisão de quem investe e quer resultados além do lucro.

Em sua rede social, o escritor e palestrante Simon Sinek, conhecido pelo seu best-seller “Comece pelo Porquê” (“Start With Why”), compartilhou um vídeo cujo título é “As empresas não existem para ganhar dinheiro” (Businesses Do Not Exist to Make Money), no qual ele explica, por meio de um gráfico rabiscado em seu famoso flip chart, o caminho que percorremos para atingirmos os resultados.

De forma bem clara , Sinek mostra a diferença daqueles que entregam resultados custe o que custar e daqueles que chegam muito perto de atingir as metas, no entanto constroem uma jornada sustentável e deixam um legado consistente e alinhado com propósitos e valores sociais, ambientais e de governança – ESG.

Segundo relatório da PwC, até 2025, 57% dos ativos de fundos mútuos na Europa estarão em fundos que consideram os critérios ESG, o que representa US$ 8,9 trilhões, em relação a 15,1% no fim do ano passado.

Além disso, 77% dos investidores institucionais pesquisados pela PwC disseram que planejam parar de comprar produtos não ESG nos próximos dois anos.

No Brasil, fundos ESG captaram R$ 2,5 bilhões em 2020 – mais da metade da captação veio de fundos criados nos últimos 12 meses. Este levantamento foi feito pela Morningstar e pela Capital Reset.

Elisa Rosenthal é LinkedIn Top Voices e TEDxSpeaker. Mentora, consultora estratégica de negócios, podcaster pelo Vieses Femininos. Idealizadora e fundadora do Instituto Mulheres do Imobiliário. Colunista na revista HSM, Imobi Report e EXAME Invest. Head de Growth, Onboarding Specialist na eXp Realty Brasil, e Embaixadora da linha Crediall Mulher.

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