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Ciência e Saúde

Hospitais Samaritano Barra e Vitória já verificam aumento nos casos de dengue em 66% nas últimas três semanas

Especialistas explicam as formas de prevenção, além das situações em que um serviço de saúde precisa ser procurado

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Hospitais Samaritano Barra e Vitória já verificam aumento nos casos de dengue em 66% nas últimas três semanas (Foto: Divulgação)
Hospitais Samaritano Barra e Vitória já verificam aumento nos casos de dengue em 66% nas últimas três semanas (Foto: Divulgação)

Os hospitais Samaritano Barra e Vitória identificaram um aumento de 66%, dos atendimentos aos casos suspeitos de dengue nas últimas três semanas. Leonardo Kalab, médico infectologista das unidades, também observa o aumento progressivo do atendimento de casos suspeitos de síndrome febril aguda.

“Além disso, foi notada uma estabilidade no percentual de pacientes com indicação de internação hospitalar, por suspeita de dengue para observação dos sintomas, avaliação diagnóstica e terapêutica. Essa percepção de aumento de casos suspeitos também é verificada, na avaliação do quantitativo de testes específicos para dengue, solicitados nas unidades, com um aumento progressivo”, diz.

Leonardo Kalab reforça, ainda, quando se deve procurar uma unidade de saúde, diante do cenário que a cidade enfrenta. “ As pessoas precisam estar atentas a presença de quadro de febre de início repentino, bem como outros sintomas associados: dor de cabeça, cansaço, dores musculares e/ou articulares e atrás dos olhos, devendo procurar um serviço de saúde a fim de obter diagnóstico e tratamento oportunos. Além disso, após o período febril, o paciente deve ficar atento. Com o declínio da febre (entre o 3° e o 7° dia do início da doença), a presença de sinais de alarme podem identificar a piora do quadro clínico e a evolução para as formas mais graves ”, alerta o médico especialista.

De acordo com Kalab, esses sinais indicam o extravasamento de plasma dos vasos sanguíneos e/ou hemorragias, sendo assim caracterizados por evidências como: dor abdominal (dor na barriga) intensa e contínua, vômitos persistentes, acúmulo de líquidos em cavidades corporais (ascite, derrame pleural, derrame pericárdico), alteração da pressão arterial (hipotensão postural) e/ou alteração do nível de consciência, letargia e/ou irritabilidade, bem como o aumento do tamanho do fígado (hepatomegalia) maior do que 2cm, sangramento de mucosa e alteração nos exames sanguíneos (aumento progressivo do hematócrito).

O especialista reforça as medidas preventivas, como a revisão constante de possíveis focos do mosquito transmissor nas residências, bem como o uso de repelentes e a vacinação específica. “ A identificação precoce e adequada dos casos de dengue, doença febril aguda de amplo espectro de sinais e sintomas, é extremamente importante para a tomada de decisões e a implantação de medidas de tratamento adequado, visando a redução dos óbitos associados”, pondera Kalab, que reforça também a importância da hidratação contínua e um reforço nessa iniciativa, nos pacientes que estejam com a doença.
Outra unidade do grupo, como o Vitória, também na Barra da Tijuca, por exemplo, registrou um aumento de 44% de atendimentos na emergência pediátrica de casos suspeitos de dengue nas últimas 02 semanas. E, mais! Há uma alta na pediatria dessa unidade com um incremento em 50% no atendimento de pacientes com indicação de internação.

Maria da Glória Neiva, médica coordenadora da pediatria do Vitória, orienta que os pais e responsáveis devem ficar atentos com os sintomas como febre, vômitos e dor abdominal. “ Estes, são sintomas também de outras infecções, e, principalmente nos lactentes e pré-escolares evoluem rápido para um quadro de desidratação, sendo muito importante a orientação do pediatra para o correto diagnóstico diferencial e tratamento. Outra orientação importante é a atenção ao calendário vacinal, e na dúvida procurar sempre a orientação do pediatra assistente”, finaliza.