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Horário de verão pode voltar? Comitê do governo recomenda retorno; entenda

Ministro de Minas e Energia diz que ainda vai dialogar com outros setores; decisão deve ser anunciada nos próximos dias

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Horário de verão.
Horário de verão. Foto: Marcello Casal Jr. / Agência Brasil

O governo está considerando reinstaurar o horário de verão, medida que visa deslocar o pico de consumo de energia para horários com maior geração solar. Essa proposta, diante do cenário atual de alta no custo e poluição das usinas termelétricas, está sendo analisada cuidadosamente.

O retorno do horário de verão, extinto em 2019 pelo governo Jair Bolsonaro, poderá entrar em vigor entre 30 a 60 dias após a aprovação. O presidente Lula dará a decisão final, levando em conta os aspectos técnicos e políticos, já que a mudança afeta a rotina da sociedade.

Horário de Verão: solução para o consumo de energia?

A possível retomada do horário de verão foi sugerida pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) durante uma reunião extraordinária do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE). O ONS propôs essa medida como parte de um plano de contingência para garantir o fornecimento de energia, especialmente no período de pico.

O ministro responsável ressaltou que o plano apresentado pelo ONS inclui propostas concretas para cada ano, realizadas pelas instituições que integram o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico. A estratégia visa principalmente reduzir a necessidade de acionamento das usinas termelétricas, que além de caras são altamente poluentes.

Como funciona a medida?

A medida de retorno do horário de verão é vista como uma forma eficiente de manejar a geração de energia durante o dia. No início da noite, a produção de energia solar cai devido à ausência de luz solar, enquanto a geração eólica aumenta pela presença de ventos noturnos.

Existe um intervalo crítico entre esses dois momentos (queda da energia solar e subida da energia eólica) onde há um pico de consumo. Este pico, atualmente, é suprido por energia hidrelétrica ou térmica, que são menos eficientes e mais poluentes. Ao adotar o horário de verão, o pico de consumo é deslocado para horas com mais geração solar, minimizando a necessidade de usinas térmicas.

Por que o horário de verão foi extinto?

Em 2019, o governo Jair Bolsonaro decidiu pelo término do horário de verão, justificando uma economia de energia insuficiente que não justificava a medida. Naquele período, mudanças no padrão de consumo de energia e avanços tecnológicos foram citados como razões para a decisão.

Mesmo enfrentando uma grave crise hídrica em 2021, a política de não adotar o horário de verão foi mantida. No entanto, a atual administração busca revisar esta decisão, com um estudo solicitado ao ONS para avaliar os possíveis impactos positivos da retomada da medida.

Quais seriam os benefícios do retorno?

A principal vantagem seria a economia e eficiência energética. Com a alteração no horário, os períodos de maior consumo coincidem com os horários de alta geração solar, diminuindo a dependência de fontes de energia mais caras e poluentes, como as termelétricas.

Benefícios esperados:

  • Redução de custos com energia elétrica
  • Menor emissão de poluentes
  • Maior estabilidade no sistema elétrico

Além disso, ao aliviar a necessidade de produção por fontes menos eficientes, a medida também contribuiria para a preservação dos recursos hídricos, já que haveria menor demanda sobre as usinas hidrelétricas.

Com todas essas considerações, o governo espera tomar uma decisão que não apenas economize recursos, mas também contribua para um ambiente mais sustentável.

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