Grávida com morte cerebral é mantida viva para salvar bebê

Joyce Sousa Araújo, de 21 anos, está sendo mantida viva por aparelhos na Santa Casa de Rondonópolis, no Mato Grosso, após sofrer morte cerebral causada por um aneurisma cerebral. Grávida de seis meses, a jovem é acompanhada por uma equipe médica que trabalha para prolongar a gestação até que o bebê alcance um estágio seguro para o parto.

O caso teve início no dia 20 de dezembro de 2024, quando Joyce, que morava em Jaciara, começou a sentir fortes dores de cabeça. Ela foi levada ao hospital local, mas, após desmaiar e apresentar agravamento no quadro clínico, foi transferida para Rondonópolis. Lá, foi diagnosticada com um aneurisma cerebral e passou por cirurgias para aliviar a pressão no cérebro. Apesar dos esforços médicos, a morte cerebral foi confirmada em 1º de janeiro de 2025.

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De acordo com os médicos, o objetivo é estender a gestação até o sétimo mês, quando o bebê terá maiores chances de sobrevivência. O hospital informou que o feto está sob monitoramento constante, mas ainda não há previsão para o parto.

Joyce era casada com João Matheus Silva, de 23 anos, com quem tem duas filhas, de três e sete anos. A família, que se mudou de Tocantins para o Mato Grosso em busca de melhores oportunidades, enfrenta agora uma difícil realidade. “A verdade é que eu não consigo acreditar no que está acontecendo. A pior parte é saber que as crianças vão crescer sem mãe”, disse João, que trabalha como ajudante em uma ferrovia.

João busca recursos para levar o corpo de Joyce para Tocantins após o nascimento do bebê. A Santa Casa informou que a Central Estadual de Transplantes está acompanhando o caso e permanece à disposição da família para esclarecimentos, mas João afirmou que ainda não discutiu a possibilidade de doação de órgãos.