Governo do Rio investe R$ 116 milhões em segurança hídrica no Guandu

O governador Cláudio Castro anunciou, nesta sexta-feira (4), um pacote de investimentos de R$ 116 milhões voltado à segurança hídrica e melhorias ambientais na região da Bacia do Guandu, responsável pelo abastecimento de mais de 9 milhões de pessoas no estado do Rio de Janeiro.

As ações incluem a ampliação do programa Sanear Guandu, que levará saneamento básico a 6 mil famílias de áreas rurais em oito municípios, e o aumento dos pontos de monitoramento da qualidade e quantidade da água nos mananciais do sistema — de 34 para 117 locais.

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Além disso, serão destinados R$ 40 milhões para a continuidade do encerramento e monitoramento de vazadouros de resíduos em cidades como Japeri, Mendes, Engenheiro Paulo de Frontin, Paracambi, Mangaratiba e Miguel Pereira.

Monitoramento hídrico mais avançado do Brasil

Durante a cerimônia no Palácio Guanabara, também foi lançado o Observatório da Bacia do Guandu, que contará com 83 novas estações e sensores, tornando o Rio, o estado com o maior e mais denso monitoramento hídrico do país. O projeto é executado pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea), com recursos do Fundo Estadual de Recursos Hídricos.

O novo sistema dobrará a densidade mínima de pontos de medição recomendada pela Organização Meteorológica Mundial. Assim, fortalecendo a capacidade de gestão e preservação dos recursos hídricos fluminenses.

Saneamento e gestão ambiental no campo

O Sanear Guandu, voltado às áreas periurbanas, é considerado a maior iniciativa de esgotamento sanitário em regiões rurais do Brasil. Entre os municípios beneficiados estão Nova Iguaçu, Queimados, Japeri, Seropédica, Rio Claro, Engenheiro Paulo de Frontin, Miguel Pereira e Vassouras. As moradias receberão sistemas individuais de tratamento, como fossas biodigestoras, que contribuirão diretamente para a qualidade da água na região.

Plano Diretor Florestal é entregue

Na mesma ocasião, o governo lançou o Plano Diretor Florestal da Região Hidrográfica II, que estabelece diretrizes para a conservação ambiental alinhada ao desenvolvimento econômico. O documento foi desenvolvido com base nos Planos Municipais de Conservação da Mata Atlântica e recebeu R$ 2 milhões em investimentos.

Segundo o secretário estadual de Ambiente e Sustentabilidade, Bernardo Rossi, a parceria entre governo e municípios tem sido decisiva para a execução simultânea das ações.