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‘Galeão não pode dar marcha ré’ afirmam presidentes da ACRJ e FIRJAN sobre revitalização

Presidentes da ACRJ e da FIRJAN apoiam a revitalização do Galeão e se opõem ao aumento do número de passageiros no Santos Dumont

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Mais de 245 mil passageiros devem movimentar Aeroporto do Galeão durante Réveillon 2024
Aeroporto do Galeão. Foto: Reprodução Internet

Os presidentes da Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ ), Josier Vilar, e da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, assinaram nota conjunta apoiando a revitalização do Galeão, demonstrando preocupação com a manifestação da Secretaria Nacional de Aviação Civil de que está avaliando a flexibilização do limite operacional do Aeroporto Santos Dumont a partir de novembro, aumentando para 7,5 a 8 milhões de passageiros por ano no terminal, e uma nova ampliação em março de 2025 para dez milhões.

Confira a nota na íntegra:

“A revitalização do Aeroporto Galeão Tom Jobim, iniciada com o recente aumento da frequência de voos regionais, permitiu que o Rio voltasse a ser a porta de entrada de grande parte dos voos internacionais que chegam ao Brasil. Isto só foi possível graças à limitação do número de passageiros para o Aeroporto Santos Dumont (SDU) em até 6,5 milhões/ano, garantindo, assim, que os voos em conexão internacional pudessem ocorrer no Galeão e o conforto, segurança e racionalidade para os usuários do Santos Dumont fossem asseguradas para as empresas que ali operam.

Portanto, a acertada decisão de reduzir o número de passageiros para o SDU de 10 milhões para 6,5 milhões de passageiros/ano tem o total apoio da classe empresarial do Rio de Janeiro.

Essa resolução das autoridades aeroportuárias foi estabelecida em conjunto com todos os interessados, a partir de um movimento a favor do Rio, liderado pela Prefeitura do Rio e pelo Governo do Estado, e que contou com a participação efetiva e o apoio imediato de diversas entidades representativas do ecossistema empresarial fluminense, entre elas a Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ) e a Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan).

Tal deliberação resultou em aumento expressivo do número de passageiros (94% em relação ao mesmo período do ano anterior) e cargas (38%) no aeroporto internacional no primeiro semestre desse ano, com transbordamentos positivos à toda sociedade. Segundo estudo da Firjan, o funcionamento eficiente dos dois aeroportos é capaz de gerar R$ 4,5 bilhões de reais por ano na economia fluminense. Esses avanços encontram-se, agora, em risco por conta de uma surpreendente investida da Secretaria Nacional de Aviação Civil no sentido de desfazer o acordo firmado. Tal ameaça precisa ser veementemente rechaçada por todos que desejam um Rio atrativo e seguro para se visitar e investir.

O Rio é o objeto de desejo da maioria dos turistas internacionais que almejam visitar o Brasil. Diminuir a possibilidade de conexões com voos internacionais através do Galeão prejudica o Rio e todos os demais Estados da federação, pois grande parte dos turistas só vem ao Brasil se puderem visitar o Rio de Janeiro.

Na prática, esvaziar o Galeão impede que conexões internacionais ocorram. Por isso, não deveria ser do interesse de ninguém esse esvaziamento do Galeão.

Não faz o menor sentido o pleito da Secretaria Nacional de Aviação Civil, em solicitar à Agência Nacional de Aviação Civil-ANAC o retorno à situação anterior, propondo que o Santos Dumont retome o número de 10 milhões de passageiros/ano, colocando em risco a viabilidade do Galeão e comprometendo a qualidade dos serviços e o conforto dos passageiros que utilizam o SDU.

O equilíbrio econômico e de usabilidade dos dois aeroportos do Rio é absolutamente necessário para o turismo e o ambiente de negócios de nossa cidade e Estado.

A Secretaria Nacional de Aviação Civil não pode estar dissociada das demandas empresariais, econômicas e sociais do Estado do Rio de Janeiro.

Queremos um Galeão forte e sustentável economicamente e um Santos Dumont seguro, confortável e em equilíbrio com todo nosso sistema aeroportuário.

Que o bom senso prevaleça e os interesses do Rio, dos seus cidadãos e dos seus empresários sejam respeitados pela autoridade nacional aeroportuária.

O Rio tem pressa em voltar a ser um lugar atrativo e seguro para se viver, trabalhar, empreender, investir e visitar.

Josier Vilar
Presidente da ACRJ – Associação Comercial do Rio de Janeiro

Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira
Presidente da Firjan – Federação das Indústrias do Río de Janeiro

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1 comentário

1 comentário

  1. Mariana Guedes

    18 de setembro de 2024 em 20:09

    Excelente posicionamento das duas instituições. Alem de tudo a insegurança juridica gsrada por essa acao da SNAC é uma pessima sinalização para quem quer investir no Brasil. Lamentável. Parabéns ACRJ E FIRJAN

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