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Gabriel Monteiro é alvo de operação após vazamento de vídeo íntimo com adolescente
O parlamentar nega que tenha divulgado as imagens e acusa ex-funcionáriosA Polícia Civil do Rio de Janeiro realiza uma operação contra o vereador Gabriel Monteiro, na manhã desta quinta-feira (7). O parlamentar é alvo de uma ação que apura o vazamento de um vídeo íntimo dele com uma adolescente de 15 anos.
Alem da casa do parlamentar, em um condomínio de luxo na Barra da Tijuca, Zona Oeste da cidade, os agentes cumpriram outros mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao vereador e também no gabinete dele na Câmara Municipal do Rio.
Celulares, computadores, documentos, armas, HD’s, assim como outros materiais, foram apreendidos durante a operação. Seis pistolas e uma arma de cano longo foram encontradas na casa do vereador. O carro de Gabriel Monteiro também foi apreendido e passará por uma perícia.
“A reação dele, inicialmente, foi de desconforto. Mas [ele] acompanhou as nossas investigações, ficou lá verificando, teve as considerações dele, que vai ser ouvido, vai ser levado em conta na hora do registro”, disse o delegado Luís Armond.
Além da 42ª DP (Recreio dos Bandeirantes), outras distritais também participaram da operação. O vereador chegou por volta das 9h30, desta quinta-feira (07) para ser ouvido na 42ª DP (Recreio).
“Todos os armamentos são legais, tudo dentro da lei. Deixar bem claro. Nenhum armamento é frio e ilegal”, disse Gabriel Monteiro na chegada da delegacia.
O vereador enfrenta uma representação na Câmara de Vereadores por conta do vazamento desse vídeo e de acusações, feitas por assessores e ex-funcionários, de assédios moral e sexual, agressões e uso indevido de servidores. O político alega que esses ex-assessores teriam divulgado o vídeo íntimo após pegarem um HD – que continha esse material – que estava na casa do vereador.
“Nós buscamos computadores, mídias de armazenamento, celulares, todos os celulares foram apreendidos, de todas as pessoas envolvidas. É possível que as testemunhas virem réus. Nessa fase a análise é dos depoimentos. Obtivemos muitos materiais e eles precisam ser analisados. Mesmo os apagados. Se tiver apagado, é possível recuperar”, destacou Armond.
A Polícia Civil poderá usar um software caso precise recuperar materiais apagados dos celulares apreendidos. O programa é o mesmo usado nos casos Henry Borel e Marielle Franco.
A operação, bem como as investigações, tiveram início após a mãe da adolescente ir até a delegacia do Recreio dos Bandeirantes para comunicar sobre o vazamento do vídeo. Além dos mandados, a Justiça determinou a quebra dos sigilos telefônico e de dados para a análise dos policiais no curso do inquérito.
Gabriel Monteiro pode responder por distribuir o material pornográfico. A pena chega a seis anos de prisão mais multa.