Brasil
Fiocruz desenvolve dois novos kits para diagnóstico da doença de Chagas
A partir do fornecimento desses produtos, a Fiocruz dá uma contribuição efetiva à saúde pública
O Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz), que fornece ao Ministério da Saúde um teste para diagnóstico da doença de Chagas por reação de imunofluorescência indireta (RIFI), vem trabalhando no desenvolvimento de novas alternativas, principalmente na utilização da plataforma de teste rápido, a imunocromatografia de fluxo lateral, e acesso a novos antígenos como uma resposta aos esforços no combate à enfermidade.
O vice-diretor de Reativos para Diagnóstico de Bio-Manguinhos, Antonio Ferreira, explica que um teste está registrado e dois novos testes estão em fase avançada de desenvolvimento pela unidade.
“Neste momento, estamos em fase final dos preparativos para disponibilizar os primeiros lotes de kits de teste rápido (TR Chagas – Bio-Manguinhos), fruto de uma parceria com o Instituto Molecular do Paraná (IBMP). Ainda nesta plataforma de diagnóstico estamos em etapa avançada de um segundo kit, com nova estratégia, por meio de colaboração com o Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde (CDTS/Fiocruz) para a utilização de uma proteína obtida por uma nova técnica de engenharia recombinante”, destaca ele.
Ele aponta que um terceiro kit, utilizando três proteínas recombinantes comerciais, está em processo de padronização visando ampliar o leque de opções e a formação de um algoritmo de testagem para as situações de triagem e confirmação sorológica da doença nesta plataforma.
Ferreira explica que esforços também estão sendo direcionados para a disponibilização em larga escala do teste na plataforma Elisa (Enzyme Linked Immuno Sorbent Assay). “Esta é uma plataforma com grade capacidade de processamento de amostras, inclusive com possibilidade de automação, contudo restrita a ambientes laboratoriais”, observa.