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Família de idoso que faleceu no Hospital Ronaldo Gazolla denuncia sumiço do corpo

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Corpo de Paulo Bittencourt sumiu após família contratar serviço funerário de empresa falsa
Corpo de Paulo Bittencourt sumiu após família contratar serviço funerário de empresa falsa (Reprodução)

Familiares de um idoso que faleceu no Hospital Municipal Ronaldo Gazolla, em Acari, na Zona Norte do Rio, denunciam o sumiço do corpo após sofrerem um golpe ao contratar os serviços funerários dentro da unidade.

Paulo Bittencourt morreu por infecção generalizada no dia 30 de agosto. Após receber a notícia, a filha de Paulo, Fabiola Michelin, foi abordada no hospital por uma mulher identificada como Rita de Cássia, que usava um crachá da Prefeitura do Rio e se apresentou como funcionária de uma empresa funerária. Um contrato foi fechado para a realização dos serviços, por R$ 3.180.

No processo de liberação do corpo, Fabiola assinou um documento em que o nome da empresa contratada para o serviço aparecia como ‘Funerária Monteiro’. No entanto, um homem identificado como Gabriel Angelo, que seria o responsável pelo transporte, estava em um carro em que o nome ‘Funerária Taquara’ estava escrito na lataria, diferente do nome que constava no contrato.

O corpo foi levado do hospital sem que Fabiola visse.

No dia 1º de setembro, data em que seria feito o sepultamento de Paulo no cemitério do Catumbi, a capela estava fechada próximo ao horário marcado para o velório. Na recepção, Fabiola foi informada que a ‘Funerária Monteiro’ ligou para o cemitério cancelando a cerimônia.

Fabiola pediu para que o funcionário do cemitério ligasse para Gabriel, que realizou o transporte do corpo. Por telefone, Gabriel disse que transferiu o serviço e que Rita de Cássia estaria resolvendo o problema.

A família entrou em contato com Rita, que se negou a dizer onde o corpo estava.

De volta ao hospital, Fabiola foi chamada pelos diretores da unidade para conversar sobre o que tinha acontecido. Ela foi recebida por Carlos, diretor operacional do hospital, e pelo Doutor Sarmane de Mattos Dias, que se apresentou como Diretor Geral do Hospital.

Os diretores alegaram que Rita de Cassia já havia trabalhado no hospital, mas que, há cerca de seis meses, estava impedida de entrar na unidade. Fabiola disse que, no entanto, havia sido abordada por Rita dentro do hospital e que poderia comprovar com imagens de câmeras de segurança, mas os diretores se negaram a fornecer.

Logo depois, o marido de Fabiola recebeu uma ligação de um funcionário da Coordenação de Cemitérios e Funerárias da Prefeitura, que indicou que o corpo estava em um laboratório de Inhaúma.

Com isso, a cremação foi feita na noite do dia 1ª de setembro.

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde diz que a direção do Hospital Ronaldo Gazolla está colaborando com a investigação sobre Rita de Cássia, que segundo a pasta, não é funcionária da unidade.

O caso foi registrado na 41ª DP (Tanque) e a Polícia Civil investiga o caso.