Rio
Família de adolescente morto após golpe de Jiu-Jitsu segue buscando por justiça
Douglas Souza Braga, de 15 anos, ficou tetraplégico durante um treino de jiu-jitsu e permaneceu dois meses internado em estado graveA morte do adolescente Douglas Souza Braga, de 15 anos, no dia 18 de setembro de 2023, ainda causa dor e indignação na família que cobra uma posição da justiça.
Douglas ficou tetraplégico, durante um treino de jiu-jitsu e permaneceu dois meses internado em estado grave no Hospital Geral de Nova Iguaçu. Ele morreu após sofrer uma parada cardiorrespiratória.
“Já mandou [inquérito] para o Ministério Público, mas não sei quando vai resolver, eles não me dão uma posição desde dezembro do ano passado. Em relação ao processo indenizatório, o Renan [dono da academia] diz que foi uma fatalidade e que ele não tem condições”, desabafou a mãe de Douglas, Suzane Cristina Souza.
De acordo com ela, no dia em que o filho sofreu a lesão grave na coluna, 27 de julho de 2023, Douglas estava lutando com um aluno mais velho e mais graduado que ele, no Centro de Treinamento Renan Teodoro, credenciado ao grupo GFTeam, em Japeri, na Baixada Fluminense. Além disso, foi dito que a dupla estava sem a supervisão de um instrutor.
“A academia dele está cheia e continua funcionando. O Isaac [suposto aluno com quem Douglas lutou] continua com a vida dele normal. E eu que perdi meu filho, fico vindo no Rio de Janeiro sempre sem ter condições de pagar passagem para poder correr atrás disso. Não tenho como pagar advogado, eles enrolam a gente”, conclui.
Posicionamento do Centro de Treinamento
Na época, o Centro de Treinamento Renan Teodoro declarou lamentar a fatalidade e que se solidarizava com o aluno e a família. Além disso, afirmaram seguir todas as regras da luta e normas de segurança.
Eles disseram ter um carinho enorme pelo menino e pela família e que prestariam suporte dentro das possibilidades.
Nas redes sociais, a academia chegou a montar uma vaquinha para arrecadar dinheiro para o tratamento de Douglas. Em outra publicação, o professor pedia doações de sangue, além de disponibilizar um ônibus para levar os doadores.
Polícia Civil
De acordo com a 63ªDP (Japeri), o inquérito foi concluído e relatado ao Ministério Público em julho deste ano, com os indiciamentos do autor e do proprietário da academia pelo crime de lesão corporal seguida de morte.
A reportagem da Super Rádio Tupi aguarda o posicionamento do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) e está aberta para demais manifestações.