Esportes
Dirigente explica veto ao Maracanã: ‘Tem que ser do interesse do Vasco’
Cruzmaltino preferiu mandar clássico contra o Flamengo no Nilton Santos
Após o fim da reunião que definiu o Estádio Nilton Santos como palco do jogo de ida da semifinal do Carioca, entre Vasco e Flamengo, o Cruzmaltino se posicionou sobre sua escolha. Embora a FERJ e o BEPE tenham sugerido o uso do Maracanã para as duas partidas, o clube preferiu fazer o primeiro jogo em outro local, por considerar que isto impediria uma alegada vantagem ao rival. O executivo de futebol vascaíno, Marcelo Sant’Ana, explicou que não é contrário a jogar no Maraca, mas que isto demanda aspectos administrativos.
“O que o Vasco deseja é escolher quando jogar no Maracanã. Jogar só quando convém aos outros é muito fácil. Mas, se o Vasco é mandante, ele quer ter a prerrogativa e a vantagem de ser mandante de fato, não ser somente um locatário. Se tiver que usar acesso de visitante, não tiver compartilhamento de receitas, que tipo de mandante a gente é? Se o Vasco for comercialmente respeitado nos seus direitos, a gente joga no Maracanã. Adoramos o estádio, que é dos principais do futebol brasileiro, já ganhamos diversos títulos lá. Mas tem que ser quando tem o interesse do clube”, disse Marcelo, apontando ainda que o clube não teria vantagens que considera direitos seus, se aceitasse jogar no Maracanã no próximo Sábado de Carnaval:
“Além do aspecto institucional, para o Vasco jogar no Maracanã, teria que se discutir aspectos anexos. Por exemplo, o Vasco não pode ser mandante no estádio e não ter direito a explorar camarote, alimentos e bebidas, estacionamento. Estas são receitas significativas e entendemos que a possibilidade de uso do Nilton Santos é mais adequada ao que precisamos no momento”.
Veja abaixo mais declarações de Marcelo Sant’Ana, após a reunião ocorrida na sede da FERJ:
A tomada de decisão
“Queremos manter um contato positivo com o Flamengo para poder usar o Maracanã em outras oportunidades na temporada. No domingo à noite, tentamos um contato com o Flamengo, já sobre a semifinal, mas sem sucesso. Conversamos com os jogadores na segunda de manhã, abriu-se a possibilidade do Nilton Santos e, depois que isso vazou, o Flamengo nos procurou sobre a possibilidade de dois jogos no Maracanã. Mas já tínhamos conversado com todos e decidimos manter nossa posição”.
Diálogo com o Botafogo
“O Botafogo tem sido muito parceiro do Vasco. Sempre que precisamos de outro mando de campo, o clube nos cede o Estádio Nilton Santos. Então, institucionalmente, nos sentimos à vontade de fazer esse pedido. E o nosso grupo de jogadores também está mais acostumado a jogar lá”.
Dois setores fechados
“É preciso sempre respeitar a posição da segurança pública. Não é o ideal, mas temos que tentar trabalhar sempre positivamente no esporte. Teremos que fazer duas áreas de bloqueio, o que entendemos. O Nilton Santos é um estádio que já recebeu finais de grandes campeonatos, na quinta-feira tem uma final de competição internacional, outros clássicos no estádio. Mas iremos respeitar o posicionamento dos órgãos públicos”.
Coutinho versus sintético
“É normal. A gente pode ter uma preferência ou outra, individualmente, mas o interesse coletivo tem que ser preservado. Os jogadores são maduros, a discussão é válida, mas o Nilton Santos tem uma grama homologada pela Fifa, joga Brasileirão, Libertadores e Sul-Americana. Então, não há impeditivo. Nossa posição é pontual para a semifinal do Campeonato Carioca”.
