Rio
Excesso de feriados pode prejudicar as vendas do comercio, aponta estudo
No total a paralisação com os feriados pode chegar a vinte dias ou mais no anoCom onze feriados nacionais em 2025, dos quais quatro cairão no domingo, um no sábado, seis em dias úteis com possibilidade de prolongamento – o chamado “enforcamento” – o comércio varejista fluminense pode deixar de vender mais de R$ 2 bilhões no ano. É o que mostra um estudo do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro (CDLRio) e do Sindicato dos Lojistas do Comércio do Município do Rio de Janeiro divulgado nesta terça-feira (7).
Segundo a entidade, retirando do cálculo 52 domingos do ano, o faturamento diário do comércio fluminense atinge em média R$ 1,42 bilhão, sendo a cidade do Rio de Janeiro responsável praticamente pela metade, R$ 700 milhões. No caso dos feriados, esses valores corresponderiam às perdas diárias de vendas do comércio, caso os comerciantes não abrissem seus estabelecimentos.
Confira o calendário abaixo:
Além dos feriados nacionais, a cidade maravilhosa tem ainda os municipais e estaduais e os dias de ponto facultativo. No total a paralisação do trabalho pode chegar a vinte dias ou mais no ano, dependendo quando caem durante a semana e se os órgãos públicos não vierem a funcionar.
“Os feriados são importantes para a sociedade. O excesso é que preocupa. Loja fechada implica perda de receita e menor volume no caixa. Não fossem os acordos coletivos, vendas online e abertura nos feriados as perdas de faturamento poderiam ser ainda maiores”, diz Aldo Gonçalves, presidente do CDLRio e do SindilojasRio.
“É preciso levar em conta que o excesso de feriados prejudica a atividade do comércio, freando a circulação de mercadorias e o giro do dinheiro e dos negócios. Afeta notadamente o lojista de rua, o de menor porte. Estes são mais sensíveis aos efeitos dos finais de semana e feriados porque já não abrem aos domingos, normalmente. Nos feriados os gastos das famílias misturam-se com os de lazer ou recreação. Assim, os apelos para os consumidores viajarem, passearem e buscarem outros divertimentos são maiores”, conclui Aldo Gonçalves.