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Ex-policial militar acusado de matar Marielle Franco e Anderson Gomes tem recurso negado pelo STJ
Decisão do ministro Rogerio Schietti Cruz ocorreu no exato dia em que o crime completa quatro anosO ministro Rogerio Schietti Cruz, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), negou nesta segunda-feira (14) um pedido do policial militar reformado Ronnie Lessa, acusado de ser o responsável pelos disparos que mataram a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes, para anular a decisão que o mandou a julgamento perante júri popular pelo assassinato dos dois. Para o magistrado, a sentença de pronúncia apresentou razões concretas para negar a absolvição sumária e para submeter Lessa ao tribunal do júri.
Nesta segunda, completaram exatos quatro anos em que ocorreram as mortes de Marielle e Anderson. Por conta disso, diversos atos e homenagens foram realizados ao longo do dia. Entre os compromissos, familiares e amigos próximos das vítimas se reuniram com o governador do Rio, Cláudio Castro (PL).
Após este encontro, a ex-assessora de Marielle, a deputada estadual Mônica Francisco, falou com a Super Rádio Tupi e destacou a importância de se cobrar respostas. “Sabermos de fato qual a motivação desse crime, o ‘Quem mandou matar Marielle?’, é fundamental. Ela foi morta com uma arma com munição federal, por policiais militares. Isso é um crime que envolve todas as esferas do Estado brasileiro. Por isso, ele repercute, ainda, de forma tão potente e causa em nós muitas incertezas, seja em relação às relações estabelecidas na execução e no mando ou no trato dado pelas autoridades para de fato desvendar este caso”, afirmou Mônica.
Marielle Franco e Anderson Gomes foram mortos no dia 14 de março de 2018, quando o carro em que estavam foi atingido por 13 disparos, feitos de um outro veículo que os seguia desde a Lapa, onde a vereadora havia participado de um encontro político. Quase um ano depois, em 12 de março de 2019, os ex-PMs Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz foram presos acusados de serem os executores dos assassinatos e continuam à espera de julgamento. Ambos negam participação no crime.