Sentinelas 15:55h
Estudo aponta que 96% das pessoas torturadas ao serem presas no Rio, são homens, e destes, quase 80% são pretos ou pardos
Confira o que foi destaque no Sentinelas da Tupi desta sexta-feiraO Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos da Defensoria Pública do Rio de Janeiro analisou o relato de mil duzentas e cinquenta pessoas presas, submetidas a tortura e maus-tratos, entre junho de 2019 e agosto de 2020. O Relatório, inédito traça o perfil da pessoa presa e agredida.
Quais as consequências de práticas violentas no julgamento do réu?
Dados do relatório divulgado nesta sexta-feira no evento “Pelo Fim da Tortura: o Impacto dos Relatos de Agressão nas Sentenças Criminais“, apontam que além de analisar o perfil das vítimas e as circunstâncias da violência a que foram submetidas, também analisou os processos criminais em que esses presos foram réus.
Carla Vianna, do Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos da Defensoria Pública do Rio, chama atenção para a naturalização desta prática.
96% das vítimas agredidos física e/ou psicologicamente no ato da prisão são homens, cerca de 80% pretos ou pardos, mais da metade com idades entre 18 e 40 anos e que não chegaram ao ensino médio.
Isabel Schprejer, subcoordenadora de Defesa Criminal da Defensoria Pública do Rio, analisa.
A importância da Audiência de Custódia também foi ressaltada por Isabel Schprejer.
Pablo Brandão, Pesquisador e Cientista Social, diz que a prática da tortura remonta o ano de 1808, período de criação da guarda real.