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Esquema de fraude em planos de saúde no Rio lesou empresas em mais de R$50 milhões

O principal alvo da investigação, é o empresário Leandro Gonzaga, dono da agência FortMed

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Viaturas da Polícia Civil
Viaturas da Polícia Civil. Foto: Lucas Araújo / Super Rádio Tupi

A Polícia Civil descobriu o envolvimento de 3 empresários, 5 profissionais de medicina e 3 advogados com o esquema de fraude em planos de saúde, no Rio de Janeiro. Para superfaturar os valores de cirurgias de emergência, o grupo utilizou três agências de saúde: FortMed, MedVitale e Ônix. Os valores giram em torno de 70 mil reais para cada procedimento solicitado às seguradoras.

O principal alvo da investigação, é o empresário Leandro Gonzaga, dono da agência FortMed. Ele foi conduzido à Cidade da Polícia, no Jacarezinho, para prestar depoimento sobre o inquérito que apura denúncias de fraude contra planos de saúde, no Rio de Janeiro.

De acordo com investigações da Delegacia do Consumidor, a empresa administrada por Leandro superfaturava contratos com seguradoras, como Bradesco Seguros e Golden Cross. As empresas foram lesadas em mais de 50 milhões de reais.

O delegado Wellington Vieira disse que os pacientes mencionados nos documentos apreendidos também serão investigados.

“Por enquanto, não temos como afirmar se todas as pessoas identificadas são parte do esquema ou vítimas. Podemos dizer que existem nomes que serão trazidos a Delegacia do Consumidor para dar essa informação. Vamos conseguir descobrir se houve mesmo a cirurgia, iremos no hospital perguntar, e vamos pegar os documentos do plano de saúde. Isso vai demandar bastante tempo, mas vamos trazer a verdade”, afirmou o delegado.

De acordo com a polícia, os golpistas envolvidos no esquema de fraudes alvo da operação entravam na Justiça com pedidos de liminar para que as operadoras autorizassem cirurgias que eram superfaturadas e, em alguns casos, nem sequer eram realizadas. Eles também pediam reembolso por serviços inexistentes e solicitavam procedimentos de saúde em nome de médicos já mortos.

Em nota, a Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde) saudou a Operação Bisturi, da Polícia Civil do Rio de Janeiro, como mais um importante passo no enfrentamento das fraudes contra planos de saúde no país.

“Fraudes prejudicam todos que têm plano de saúde. Ações fortes de repressão como a de hoje no Rio são fundamentais para proteger quem tem plano e age corretamente. Desde o ano passado, nossa entidade tem se esforçado nesse combate sem tréguas às fraudes contra planos. Não vamos deixar que prevaleça a ideia de que o crime compensa”, declarou a diretora-executiva da FenaSaúde, Vera Valente.

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