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Entregador é chamado de macaco por defensora aposentada no RJ: ‘Humilhação’
Mulher possui seis passagens pela polícia, quatro delas por injúria racialA defensora pública aposentada Cláudia Alvarim Barrozo acusada de cometer injúria racial contra dois entregadores após aparecer em um vídeo chamando um deles de ‘macaco’ tem seis passagens pela polícia.
A reportagem da Super Rádio Tupi apurou que das seis anotações, quatro são por injúria e as outras duas por lesão corporal e constrangimento.
O caso aconteceu, no último sábado (30), em um condomínio de luxo em Itaipu, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio.
Um dos entregadores, que inclusive deixou uma encomenda na casa da defensora pública aposentada, falou como tem se sentido nos últimos dias.
“O que a gente tem sentido durante esses dias é algo que a gente não deseja para ninguém. Um sentimento de humilhação, misto de raiva, de a gente ser inofensivo diante do que essas coisas que acontecem bastante no nosso dia a dia. A gente se sente sem poder de reação. Eu desejo que ela assista o vídeo e reflita bastante sobre a atitude dela”, disse Eduardo Pessanha.
O outro entregador, Jonathas de Souza Mendonça, também conversou com a reportagem. “É uma humilhação o que a gente passou. Não tem palavras para descrever esse ato. Quem tá ali, quem tá sofrendo a injúria racial é difícil se controlar. Minha mãe vendo eu sendo discriminado enquanto eu estava apenas fazendo meu trabalho, é uma humilhação para minha família também”.
Por meio de nota, a Defensoria Pública informou que “reitera que é absolutamente contrária a qualquer forma de discriminação e tem na Coordenadoria de Promoção da Equidade Racial e no Núcleo de Combate ao Racismo e à Discriminação Étnico-Racial ferramentas capazes de colaborar para a valorização de ações afirmativas”. A Defensoria destacou ainda que a Cláudio Barrozo não atua mais no cargo já que se aposentou em novembro de 2016.