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Embaixada demite funcionários após vazamento de vídeo de Bolsonaro

Bolsonaro passou duas noites na embaixada, quatro dias depois da Polícia Federal apreender seu passaporte

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(Foto: Reprodução/The New York Times)

A Embaixada da Hungria no Brasil demitiu dois de seus funcionários após a divulgação de imagens das câmeras de segurança que mostraram a visita do ex-presidente Jair Bolsonaro à representação diplomática. Os vídeos, obtidos pelo jornal norte-americano The New York Times, revelaram que Bolsonaro passou duas noites na embaixada, quatro dias após a Polícia Federal apreender seu passaporte em uma operação que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado. As informações foram reportadas pelo jornal O Globo.

Em resposta ao Supremo Tribunal Federal (STF), Bolsonaro negou ter passado dois dias na Embaixada da Hungria, em Brasília, com o intuito de solicitar asilo político. Essa explicação foi dada por determinação do ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito que investiga uma possível tentativa de golpe pelo ex-presidente.

No documento enviado ao STF, Bolsonaro alegou que sua ida à representação diplomática tinha como objetivo discutir “assuntos estratégicos de política internacional de interesse do setor conservador”.

Os advogados de Bolsonaro enfatizaram que não havia motivos para ele buscar refúgio na embaixada húngara. Segundo eles, “diante da ausência de preocupação com a prisão preventiva, é ilógico sugerir que a visita do peticionário à embaixada de um país estrangeiro fosse um pedido de asilo ou uma tentativa de fuga”, conforme destacado no documento enviado ao STF.