Copa do Mundo
Em coletiva, presidente da Fifa rebate críticas ao Catar como sede da Copa do Mundo
‘Não assista’, declarou Gianni Infantino, ao abordar os comentários em relação ao país-sede da Copa do MundoEm coletiva de imprensa realizada neste sábado, em Doha, no Catar, o presidente da Fifa Gianni Infantino respondeu um questionamento sobre as políticas sociais no país sede da Copa do Mundo e rebateu as críticas que a escolha do local vem sofrendo. Segundo Infantino, ‘Pega bem para alguns dizer que não vão assistir’ o Mundial.
“Não assista. Pega bem para alguns dizer que não vão assistir, porque o Catar e a Fifa isso ou aquilo, mas a gente sabe que essas pessoas vão assistir, provavelmente escondidas. Nada é maior do que a Copa do Mundo. Para estas pessoas, as que vão ver escondidas, eu digo que vai ser a melhor Copa do Mundo da história” – declarou.
Em seguida, debateu sobre as minorias, um ponto bastante questionado pelas leis vigentes no Catar.
“Estou com muitos sentimentos. Hoje me sinto catari. Hoje me sinto árabe. Hoje me sinto africano. Hoje me sinto gay. Hoje me sinto deficiente. Hoje me sinto como um trabalhador imigrante” – disse.
Para justificar a sua resposta, o mandatário da Fifa relatou momentos vividos por ele na infância.
“Claro que eu não catari, nem árabe, nem africano, nem gay, nem deficiente, nem um trabalhador imigrante. Mas eu sei como é ser discriminado e tratado como um estrangeiro. Quando eu era criança, na escola eu sofria bullying por ter cabelo ruivo e sardas. Eu era italiano, então eu não falava bom alemão” – relata.