Brasil
Educadora financeira lança livro sobre mulheres na Bolsa de Valores
Representatividade das mulheres investidoras é de 22,89% em meio aos 6,103 milhões de pessoas físicas cadastrados da B3
A presença de mulheres investidoras na Bolsa de Valores chegou a 1,39 milhão em 2023. Segundo dados da B3 (B3AS3), a diferença na proporção entre mulheres e homens tem crescido de três anos para cá — com uma menor presença feminina ano a ano. Em termos nominais, a representatividade das mulheres investidoras é de 22,89% em meio aos 6,103 milhões de pessoas físicas cadastrados da B3. Em 2022, o percentual de mulheres na Bolsa era de 22,95%, enquanto em 2021 e 2020 os percentuais eram de 23,19% e 26,24%, respectivamente. Nesse contexto de inserir mais mulheres no mercado financeiro, A educadora financeira Aline Soaper acaba de lançar o livro “Mulheres na Bolsa”. A publicação é da editora Conquista, com a coordenação editorial de Soaper e a participação de 25 coautoras, que atuam como educadoras financeiras e investidoras. A publicação já está disponível nas livrarias Travessa e outras. Já no formato digital, a obra está disponível para venda na Amazon e na plataforma Edduz.
“Nosso objetivo com esse livro é mostrar que qualquer mulher é capaz de aprender a investir para conquistar sua independência financeira. Não precisa ter uma formação específica, não precisa ter feito faculdade ou ser boa em matemática. É uma habilidade que você aprende, como praticar um esporte, cozinhar ou fazer qualquer outra coisa. Nos próximos 10 anos, temos o potencial de chegar aos 50% de representatividade, assim como somos 50% da população brasileira. E nós, educadoras financeiras, estamos trabalhando para isso”, pontua Aline.
O Instituto Soaper, fundado e idealizado por Aline, conta com mais de 6 mil alunos, em 20 países. A educadora financeira começou a empreender aos 17 anos no Complexo do Alemão, favela da Zona Norte do Rio, com incentivo do pai, que a ajudou a comprar uma máquina de fabricar carimbos. “Sempre fomos de uma família com poucos recursos financeiros. Meu pai tinha um fusca furado, no qual precisávamos levantar os pés quando passava em uma poça. Ele trabalhava para termos melhores condições. Esse sempre foi o foco e eu quis o mesmo. Foi aí que pedi para meu pai comprar os materiais e comecei a fazer os carimbos, aos 17 anos. Depois de um ano, consegui comprar o meu primeiro carro, usado. Depois disso eu nunca parei de empreender”, revela a empreendedora que hoje fatura R$ 5 milhões ao ano com uma escola de educação financeira on-line (que também oferece um programa voltado pra educação financeira de crianças). Aline é uma dessas mulheres, que conseguiu vencer as dificuldades e se tornar referência em um mercado ainda dominado por homens.