Ciência e Saúde
Dificuldade de aprendizado pode estar associado a um problema de visão
Segundo estudo do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), cerca de 20% das crianças em idade escolar têm problemas de visão, sendo que a miopia é o principal deles
Com a proximidade do início do ano letivo, é importante prestar atenção na saúde ocular das crianças e adolescentes, uma vez que sintomas como a falta de concentração e a dificuldade de aprendizado podem estar ligados a baixa capacidade visual. Uma recente pesquisa do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), aponta que cerca de 20% das crianças em idade escolar enfrentam problemas de visão, com a miopia sendo a preocupação predominante.
“A miopia é o principal problema visual entre as crianças em idade escolar”, destaca a Dra.
Carolina Paes, médica oftalmologista especializada em oftalmopediatria, estrabismo e também consultora técnica da Rodenstock Brasil. Ela ressalta que problemas visuais, incluindo a miopia, a hipermetropia e o astigmatismo, são comuns nessa fase, tornando imperativo a observação atenta dos pais e profissionais de educação, além de consultas regulares ao oftalmologista e exames profissionais.
“A consulta ao oftalmologista e o uso de óculos adequados ao diagnóstico são medidas simples, mas vitais, para garantir um desenvolvimento acadêmico saudável”, enfatiza a doutora. Detectar sinais como queda no rendimento escolar, coçar ou esfregar os olhos com frequência ou mesmo manter-se próximo da TV e demais telas, deve motivar os pais a procurarem orientação profissional.
Dra. Carolina destaca ainda a importância da primeira visita ao oftalmologista por volta do primeiro ano de idade, com retornos frequentes indicados pelos profissionais da área. Manter uma boa visão desde cedo é fundamental para prevenir problemas como a ambliopia, onde o olho não aprendeu a enxergar bem e o cérebro não codifica a imagem corretamente.
Além das questões ligadas à necessidade de correção visual através de uso dos óculos, por exemplo, relativo ao cuidado visual de crianças e jovens adolescentes há que se considerar também – para os míopes – o alongamento de seus olhos e o consequente aumento da miopia.
Em linha com esta necessidade de se controlar o alongamento dos olhos e a progressão da miopia, os pais e crianças contam hoje com lentes de defocus como MyCon: fabricadas pela Rodenstock, líder global em tecnologia no mercado. “As lentes MyCon contam com o chamado desfoque periférico ou DIMS e são especialmente projetadas para corrigir a miopia e controlar a sua progressão em crianças”, detalha Hugo Mota, presidente da Rodenstock Brasil.
A tecnologia utilizada na fabricação desse modelo de lente corrige a miopia enquanto controla o alongamento do olho, graças à luz que é refratada, com o objetivo de atingir a frente da retina, um aspecto crucial para controlar este alongamento. O seu campo de visão central sem distorções, mantém a visão das crianças mais limpa e transparente, onde mais é requerida, o que facilita e melhora a adaptação às novas lentes e ao uso frequente dos óculos, conforme a prescrição médica.
Considerando o rápido crescimento e desenvolvimento das crianças, a Dra. Paes aconselha que os pais e responsáveis agendem as consultas de monitoramento com o oftalmologista a cada seis meses. Desta forma garante-se o acompanhamento correto da evolução do tratamento, a necessidade de atualização das lentes dos óculos ou mesmo a sua adequação ao tamanho da armação atual, afinal, se os óculos estiverem pequenos, a criança poderá focar a visão acima das lentes e seu grau mudar muito rápido.
Além disso, a Dra. Paes enfatiza e recomenda os cuidados com o uso de dispositivos eletrônicos, nunca abaixo de uma distância mínima de 50 centímetros e pausas a cada 30 minutos para o descanso dos olhos. Evitar o uso de eletrônicos antes de dormir é também crucial, pois a luz azul emitida por estes gadgets pode prejudicar o ciclo do sono e o desenvolvimento da criança.
“A questão da tecnologia não é o objeto em si e sim o seu modo e frequência de uso. Por exemplo, se a pessoa ler um livro posicionando-o muito próximo aos olhos e por um longo período, poderá o efeito ser tão prejudicial quanto”, complementa a oftalmopediatra.