Política
Deputado vai ao encontro da comissão de transição para defender construção de pequenos reatores nucleares
“Sou defensor do uso da energia nuclear na saúde e agricultura, além da construção de mais uma usina nuclear em Angra dos Reis”, dispara o deputado Julio Lopes (PP)
O deputado Júlio Lopes (PP) vai solicitar um encontro com a comissão de transição da área de energia do futuro Presidente da República para debater a construção da quarta usina nuclear e de reatores nucleares de pequeno porte no estado do Rio de Janeiro, mais precisamente em Angra dos Reis, na Costa verde, onde já estão em funcionamento as usinas de Angra I e II e a construção de Angra III, transformando a região no Pólo Nuclear do estado, o que geraria empregos diretos durante a construção e operação da unidade. Para ele, a energia nuclear pode no futuro desempenhar um papel fundamental na luta contra a descarbonização do planeta, que será de grande importância para transição de energia limpa em todo o mundo.
“Sou defensor do uso da energia nuclear na saúde e agricultura, além da construção de mais uma usina nuclear em Angra dos Reis; mas para que isso ocorra é fundamental que o Brasil faça parcerias com países que já dominem esse processo e que a população seja conscientizada da importância dessa energia enquanto sustentabilidade, que seria economicamente viável para o Rio de Janeiro”, explica.
Júlio lembra ainda que oconceito na construção de reatores de menor porte é novo. Para se ter uma idéia, a Índia, Rússia e diversos países caminham fortemente nessa tecnologia, por isso é importante a participação da indústria nacional com outros países que com certeza estão interessados em parcerizar com o Brasil nessa área.
“A construção da quarta usina nuclear brasileira está no Programa Nuclear de Energia Elétrica (PNEE), que visa garantir o suprimento de energia para todo o país para os próximos 10 anos; e hoje para reduzir a necessidade de grandes espaços, já existe um conceito na construção de pequenos reatores, que assim como os celulares, reduziram de tamanho mas aumentaram a capacidade e potência. Para se ter uma ideia, as obras de Angra III dependem ainda de um investimento de cerca de R$ 20 bilhões, e sua previsão de término passou de 2029 para 2032”, disse.