Rio
Comissão de Direitos Humanos da Alerj atende pai do menino Sandro, morto em Senador Camará
A comissão também irá oficiar a Polícia Civil para entender por qual razão o pai de Sandro ainda não foi ouvido pelas autoridades.A Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania (CDDHC) da Alerj, atendeu, nesta quinta-feira (6), o pai do menino Sandro, de 8 anos, morto na quarta-feira passada, após ser baleado em um tiroteio na Comunidade do Aço, em Senador Camará, na Zona Oeste do Rio.
Sandro estava perto de onde ocorreu uma troca de tiros entre um policial penal, que entrou por engano na comunidade, e criminosos da região. Sinval Santos e Marizete, pai e avó materna do menino, serão encaminhados para entidades que promovem apoio psicossocial e também receberam a indicação de encaminhamento ao CRAS para recadastramento em programas sociais, uma vez que parte da família se encontra em insegurança alimentar.
A comissão também irá oficiar a Polícia Civil para entender por qual razão o pai de Sandro ainda não foi ouvido pelas autoridades policiais e pedir celeridade na investigação da morte da criança.
A Presidenta da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Alerj, Dani Monteiro, falou sobre a importância do Estado tomar partido.
“O que nós devemos fazer enquanto poder público é a valorização da vida e a garantia da dignidade humana. Então, não só esse conflito poderia ser evitado e essas vidas preservadas, como no caso disso não ocorrer, é preciso também que o Estado tome nota e tome partido. Então, atendemos aqui a família do Sandro para acolhe-los nesse momento, prestar solidariedade, carinho e apoio num momento tão difícil, mas também pensar em caminhamentos institucionais por parte do poder público.”
A CDDHC também se solidariza e oferece apoio aos familiares e amigos do presbítero Luiz Carlos Martins e do policial penal Otávio José Lins Brasil, outras duas vítimas do mesmo episódio doloroso de violência.