Cidinha Campos se emociona ao entrevistar delegado sobre estupro de criança de 2 anos em Miguel Pereira - Super Rádio Tupi
Conecte-se conosco

Rio

Cidinha Campos se emociona ao entrevistar delegado sobre estupro de criança de 2 anos em Miguel Pereira

Antônio Furtado contou detalhes da investigação e a constatação do crime sexual

Publicado

em

Foto Destaque: Programa Cidinha Livre / Super Rádio Tupi

Em entrevista exclusiva concedida nesta segunda-feira (28), para o Programa Cidinha Livre, da Super Rádio Tupi, o delegado Antônio Furtado responsável pela 88ª DP (Barra do Piraí) contou os detalhes sobre o caso de uma criança estuprada pelo padastro em Paty do Alferes, interior do estado do Rio.

De acordo com as investigações, Thomas Pacheco dos Reis, de 19 anos, tentou encobrir o crime sexual que ocorreu no sábado (26), afogando o menino com a mangueira do chuveiro. A criança morreu no mesmo dia no Hospital Municipal Luis Gonzaga, em Miguel Pereira.

“A Polícia Civil cumpriu o seu trabalho com empenho, com dedicação e nós conseguimos em tempo recorde, elucidar essa situação escabrosa. Nos meus 16 anos como delegado de polícia, esse caso me impactou profundamente. Esse padrasto, de 19 anos, cuidava dessa criança quando a mãe ia trabalhar em um quiosque na cidade de Miguel Pereira. Quem deveria cuidar, praticou dois crimes brutais”, começou o delegado.

Antônio Furtado explicou que no começo da tarde de sábado (26), o acusado bateu na porta da casa de um vizinho alegando que o menino de 2 anos estava enrolado nu em uma toalha, já estava roxo sem respirar direito e ele alegou que o garoto tinha se engasgado durante o almoço. Ao tentar dar um banho, viu que a situação tinha piorado.

O delegado seguiu contando que a partir dessa situação, o SAMU foi chamado e os socorristas fizeram manobras para desobstruir a garganta do menino, acreditando que havia realmente um engasgamento, contudo, eles reparam que só saiu água das narinas e da boca da vítima. Ao chegar no hospital, os médicos observaram que a criança estava com um sangramento no ânus, algo que acontece geralmente em crimes sexuais. Apesar de realizarem uma cirurgia, a criança teve uma parada cardiorrespiratória e mesmo os médicos fazendo manobras para reanimá-lo, algumas horas depois foi constatado o óbito.

“Nós começamos a investigar. Eu sou responsável pela delegacia de Barra do Piraí, mas estava no plantão da área no final de semana, fui até Miguel Pereira para coordenar os agentes da delegacia local, a 96º DP. Descobrimos uma testemunha que viu quando o padrasto estava com a criança e na boca do menino estava inserido um chuveirinho que tem no box do banheiro”, descreve com detalhes.

O delegado também descreveu as informações concedidas pela testemunha: “A mangueirinha estava inserida na garganta da criança com a água ligada e a barriga do menino parecia um balão, segundo a testemunha. Ou seja, o padrasto chegou ao ápice para encobrir o crime sexual, acreditando que ia enganar a polícia e fez com que a criança morresse afogada. Essa água entrou nos pulmões e no estômago, ocasionando o óbito.

Antônio Furtado conversou com o perito legista e ele disse que a causa da morte foi asfixia por afogamento. Thomas Pacheco dos Reis vai responder tanto pelo estupro de vulnerável, com pena de 15 anos de prisão, como também por homicídio qualificado contra menor de 14 anos. Com o advento da lei se tornou crime hediondo. São mais de 30 anos de cadeia, totalizando 45 anos de prisão.