Campeonato Brasileiro
CBF e clubes da Série A decidem manter veto a público nos estádios e tentam derrubar liminar do Flamengo no STJD
À exceção do Rubro-Negro, times do Brasileirão querem volta da torcida ao mesmo tempo para todosApós reunião virtual de pouco mais de duas horas, nesta quarta-feira (8), a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e quase todas as equipes da Série A do Campeonato Brasileiro – à exceção do Flamengo, que não participou do encontro – decidiram que o restante dos jogos da Primeira Divisão nacional em 2021 continuarão sendo realizados sem a presença de público nos estádios, indo no sentido inverso da vontade do Rubro-Negro carioca de duelar contra o Grêmio, por exemplo, nas quartas de final da Copa do Brasil, no Maracanã, já com o apoio dos fãs.
Os 19 clubes do debate desta manhã resolveram também entrar com uma ação em conjunto no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), a fim de derrubar a liminar concedida pelo órgão ao time da Gávea permitindo e autorizando a entrada de pessoas nas arquibancadas em suas partidas. Além desse detalhe acordado, ficou combinado que, se alguma instituição esportiva integrante da competição se utilizar de meios parecidos para colocar torcida nas arenas, toda a rodada do Brasileirão referente ao fato será suspensa como consequência.
O Flamengo, por sua vez, optou por não fazer parte da reunião virtual ocorrida entre a CBF e as demais equipes e justificou a ausência, segundo próprio comunicado oficial, pelo motivo de considerar que não cabe à entidade a deliberação sobre o retorno do público, e sim, à autoridades municipais e especialistas da ciência. A Prefeitura do Rio de Janeiro, inclusive, liberou, nesta terça-feira (7), três confrontos do Rubro-Negro como mandante – dois diante do Grêmio, pela Copa do Brasil e Série A, e um contra o Barcelona-EQU, pela Libertadores – para servir de evento-teste e receber gradualmente torcedores.
Grupo de Whatsapp
A discordância entre a gigantesca maioria dos times da elite do futebol brasileiro e o Mais Querido causou, assim como externamente, constrangimento nos bastidores, mais especificamente no grupo de WhatsApp dos presidentes dos clubes da Primeira Divisão. O presidente da instituição da Gávea, Rodolfo Landim, chegou a compartilhar a nota emitida pela cúpula diretiva em que explicava e dissertava as razões pelas quais não integraria a reunião. Entretanto, o mandatário acabou sendo cobrado e criticado por alguns colegas de cargo. De acordo com o site ‘Globoesporte.com’, frases como “É assim que se quer falar em Liga?” e “É com essa postura que se prega união dos clubes?” foram direcionadas aos cariocas.