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Câncer de pulmão: primeiros testes da vacinas são feitos em sete países; saiba quais

Vacina apresenta marcadores tumorais ao sistema imunológico, fortalecendo sua resposta ao câncer e preservando células saudáveis, diferentemente da quimioterapia

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Vacinação. Foto: Reprodução

Os primeiros ensaios clínicos para esta inovadora vacina de mRNA estão sendo lançados simultaneamente em sete países, marcando um passo crucial no desenvolvimento de novas terapias contra o câncer de pulmão. Estes ensaios visam avaliar a segurança e a eficácia da vacina, com a esperança de reduzir significativamente o número de mortes causadas por esta doença devastadora. A informação é do The Guardian.

Funcionamento da Vacina de mRNA

A BNT116 opera de maneira semelhante às vacinas de mRNA contra a Covid-19, utilizando RNA mensageiro para instruir o sistema imunológico a reconhecer e destruir células cancerosas. A vacina apresenta marcadores tumorais ao sistema imunológico, fortalecendo sua resposta ao câncer e preservando células saudáveis, diferentemente da quimioterapia.

Distribuição por Sete Países

A vacina, chamada BNT116 e desenvolvida pela BioNTech, visa tratar o câncer de pulmão não-pequenas células (NSCLC), a forma mais comum da doença. O ensaio clínico de fase 1 começou em 34 locais de pesquisa, distribuídos por sete países: Reino Unido, EUA, Alemanha, Hungria, Polônia, Espanha e Turquia. No Reino Unido, seis locais de pesquisa estão envolvidos, com o primeiro paciente recebendo a dose inicial na terça-feira (20).

Impacto Potencial e Benefícios do Estudo

Em entrevista ao The Guardian, Janusz Racz, de 67 anos, foi o primeiro paciente no Reino Unido a receber a vacina. Diagnosticado em maio, ele iniciou quimioterapia e radioterapia antes de participar do estudo. Racz destacou a importância da pesquisa: “Eu sou cientista também, e entendo que o progresso da ciência, especialmente na medicina, depende de pessoas concordarem em se envolver em tais investigações.”

Ele recebeu seis injeções consecutivas em um período de 30 minutos, contendo diferentes sequências de RNA, e continuará a receber a vacina semanalmente por seis semanas, seguido de intervalos maiores.

O professor Lee comentou: “Esperamos que adicionar este tratamento adicional impeça o câncer de voltar, porque frequentemente no caso de pacientes com câncer de pulmão, mesmo após cirurgia e radiação, ele volta.”

Próximos Passos e Futuras Implicações

Profesor Lee mencionou a evolução dos tratamentos ao longo dos anos e a crescente eficácia da imunoterapia, com cerca de 20-30% dos pacientes em estágio 4 sobrevivendo atualmente. Ele acredita que a vacina de mRNA, combinada com imunoterapia, pode aumentar ainda mais essas taxas de sobrevivência.

O governo britânico também apoia a iniciativa, com o ministro da ciência, Lorde Vallance, afirmando: “Esta abordagem tem o potencial de salvar milhares de vidas diagnosticadas com câncer de pulmão a cada ano.”

Esperança para o Futuro

Os ensaios clínicos continuam a ser uma esperança para muitos pacientes com câncer de pulmão. Se bem-sucedidos, espera-se que a vacina de mRNA se torne um padrão de tratamento mundial, salvando inúmeras vidas.

Janusz Racz espera completar seu tratamento e retomar seu hobby de corrida, com a ambição de participar da Maratona de Londres. A combinação de avanços científicos e a determinação dos pacientes oferece um novo horizonte de possibilidades na luta contra o câncer de pulmão.