Capital Fluminense
Câmara Municipal do Rio realiza debate público sobre criação de Parque Sustentável da Gávea
Organizado pelo líder do governo na Casa, Átila Nunes, evento teve participação de moradores do bairro e representantes da Prefeitura do RioO bairro da Gávea, na Zona Sul do Rio, pode ganhar um parque sustentável construído em um terreno desativado há quase 40 anos na Rua Marquês de São Vicente. O projeto de lei, de autoria do poder executivo, foi tema de um debate público, nesta sexta-feira (28), organizado pelo líder do governo na Câmara Municipal do Rio, vereador Átila Nunes (DEM). Participam do encontro representantes da Prefeitura do Rio, de associações de moradores e comerciantes do bairro, além de parlamentares.
Aprovado em primeira discussão pela Câmara, o projeto de lei receberá emendas antes de entrar na pauta para segunda e última votação. O líder do governo na Casa, Átila Nunes, afirmou que o debate público foi fundamental para o aprimoramento da proposta a partir da discussão das alterações apresentadas pelos vereadores à mensagem do executivo.
“Precisamos discutir os benefícios que a cidade terá com a implantação do parque sustentável e buscar um consenso que atenda os interesses dos moradores e comerciantes da região. O projeto permite o uso do parque para o público em geral e ao mesmo tempo possibilita a ocupação do local com lojas, salas comerciais e residências. É fundamental essa discussão para aprimoramento de um projeto urbanístico tão importante como esse para o Rio de Janeiro”, enfatizou Átila Nunes.
A proposta, que cria condições para implantação do Parque Municipal Sustentável da Gávea, foi instituída pela Lei Municipal nº 5.757, de 16 de junho de 2014. De acordo com o projeto, a Prefeitura do Rio não teria nenhum gasto na construção do parque, salas comerciais e residências. Todo o empreendimento seria patrocinado e mantido pela iniciativa privada.
O presidente da Associação de Moradores e Amigos da Gávea ( Amagávea), René Hasenclever, apoia a criação do parque e o uso do terreno abandonado desde a década de 1980. “Foi o melhor projeto que surgiu para ocupação da região até agora. Eu defendo o uso do terreno, pois são muitos anos de abandono e desperdício de uma área tão importante para os moradores. Essa solução valoriza o nosso bairro”, garantiu.
Carlos Affonso Ribeiro, presidente da Associação de Moradores da Rua Embaixador Carlos Taylor ( AMECAT), vizinha ao terreno que deverá abrigar o parque sustentável, reforça que que o maior benefício para o bairro é o uso de um terreno de 25 mil metros quadrados abandonado há décadas. “Esse projeto vai trazer progresso para o bairro. Teremos geração de emprego para as pessoas do entorno e o uso social do espaço público”, declarou.
O arquiteto Manuel Fiaschi, um dos responsáveis pelo projeto da criação do Parque Sustentável da Gávea, fez a apresentação da proposta para os demais participantes. Segundo Fiaschi, a solução encontrada valoriza a área, com a preservação da mata e da mangueira centenária plantada no terreno. O acesso ao parque será feito por uma alameda, passando por dois edifícios mistos de quatro andares que seriam ocupados por lojas, no térreo, e apartamentos residenciais nos andares superiores.