Brasil
Buscador do Google faz homenagem à atriz Ruth de Souza
Umas das primeiras atrizes negras da história do teatro brasileiro, consagrada também na TV e no cinema, faria 100 anos se estivesse viva
O buscador do Google realizou uma homenagem ao 100º aniversário de Ruth de Souza, umas das primeiras atrizes negras da história do teatro brasileiro, consagrada também na TV e no cinema.
Na homenagem, o buscador exibe um desenho da atriz ainda jovem, em frente a cortinas de um palco de teatro, identificadas com o nome do buscador. A imagem está sendo mostrada nas versões do Google para PC e celular no Brasil.
Ruth de Souza foi filha de um lavrador e de uma lavadeira. Nasceu no dia 12 de maio de 1921, no Rio, e desde pequena sempre sonhava em ser atriz. Começou sua história pela arte na adolescência, no Teatro Experimental Negro do Rio e teve sua estréia no cinema em 1948, no filme “Terra Violenta”, uma adaptação da obra “Terra sem fim”, de Jorge Amado.
Além disso, a atriz foi pioneira ao longo da sua carreira, sendo a primeira negra a se apresentar no Theatro Municipal do Rio interpretando uma indígena na peça “O Imperador Jones”. Ruth também foi a primeira artista negra brasileira indicada a um prêmio internacional de cinema, no Festival de Veneza, em 1954, na categoria de melhor atriz, interpretando o papel no filme “Sinhá Moça”.
Na TV, a atriz fez mais de 20 novelas da TV Tupi, Record, Excelsior e TV Globo, entre elas “Os ossos do barão”, “O rebu”, “Sinhá Moça”, e “O Clone”. O último trabalho da artista foi na minissérie “Se eu fechar os olhos agora”, também da TV Globo, exibida em 2018.
Com mais de 70 anos de carreira, a artista teve boa parte da sua vida dedicada à dramaturgia. Ela morreu no dia 28 de julho de 2019, aos 98 anos, no Rio, por conta de complicações de uma pneumonia.
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