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Boxe vira tratamento terapêutico para pacientes com doença de Parkinson
Especialista explica importância de atividade física
O treino de boxe sem contato vem ganhando popularidade nos últimos tempos. Nos Estados Unidos 4 mil academias novas surgiram antes da pandemia e mais de 5 milhões de americanos vestiram luvas de boxe em 2020. Os diferentes treinos e de alta intensidade do boxe oferecem um misto de condicionamento cardiovascular e de força que ajuda a melhorar a agilidade, coordenação motora e equilíbrio, podendo ser especialmente benéfico para pessoas com transtornos neurológicos como o de Parkinson.
A doença de Parkinson é eminentemente motora. Fora os sintomas não motores, o acometimento principal está atrelado à questão motora, onde o paciente perde o equilíbrio e corre risco de queda, pois ele passa a arrastar os pés para caminhar, perde também a mímica facial, e com isso perde as expressões faciais, e ganha o tremor, que é o sintoma que as pessoas mais conhecem.
Segundo a médica geriatra Roberta França, qualquer tipo de atividade física em casos como esse é benéfico. “Atividade física é fundamental para manter o paciente ativo e principalmente com a sua funcionalidade. O boxe, onde trabalha muito o equilíbrio, a coordenação motora e a agilidade, pode ser muito benéfico para o paciente com Parkinson”, afirma.
Ainda segundo Roberta, é importante que o paciente precise entender que a atividade física deve ser mantida pelo resto da vida. “Não adianta o paciente achar que vai começar o treinamento e em uma semana vai melhorar, ou que em uma semana não houve resultado e não está surtindo efeito. É um trabalho lento, diário, de reconquista do equilíbrio e da força. Por ser uma doença degenerativa e progressiva, quanto mais estratégias tiver para estabilizar a doença, mais chances o paciente tem de ter uma vida com qualidade”, explica.