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Bolsonaro se pronuncia após ser indiciado pela PF: ‘Usam a criatividade para me denunciar’

Em entrevista, ele criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF)

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Jair Bolsonaro
Jair Bolsonaro (Foto: Tiê Leal)

O ex-presidente Jair Bolsonaro foi indiciado, nesta quinta-feira (21), pela Polícia Federal por abolição violenta do Estado democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa. Em entrevista ao Metrópoles, ele criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF).

“O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, afirmou Bolsonaro.

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, concluiu.

LEIA MAIS: Bolsonaro e mais 36 são indiciados por tentativa de golpe; confira a lista

Além de Bolsonaro, também foram acusados o general da reserva do Exército Braga Netto, o general da reserva Augusto Heleno, o policial federal Alexandre Ramagem e Valdemar da Costa Neto.

A ação é decorrente da investigação da tentativa de golpe para manter Bolsonaro no poder após o vencimento do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições de 2022.

De acordo com a nota da PF sobre o indiciamento, as provas foram obtidas por meio de diversas diligências policiais realizadas ao longo de quase dois anos.

Com mais de 800 páginas, o relatório final do inquérito foi concluído no início da tarde e vai ser entregue ao Supremo Tribunal Federal (STF).

A Procuradoria-geral da República (PGR) irá decidir se cabe a denuncia ou não aos indiciados ao Supremo. Caso a Corte aceite a denúncia, eles se tornam réus e serão julgados.

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