Além do Óbvio: Negócios digitais são muito mais do que os olhos podem ver

Segundo matéria publicada no site Pequenas Empresas, Grandes Negócios, em janeiro deste ano, o universo dos negócios digitais continua tão promissor quanto sempre foi, havendo um aumento exponencial na criação de sites profissionais, na obtenção do Serasa certificado digital, e no investimento massivo na contratação de agência de marketing digital em todo o país – movimentos que refletem a expansão do mercado online, e demonstram o efeito cascata que ocorre a partir da iniciativa da iniciação de um negócio digital.

Quem ainda não digitalizou o próprio negócio físico, ou ainda não começou a faturar alto pela internet, está perdendo uma oportunidade de ouro, e, provavelmente, as coisas não ficarão mais fáceis para os retardatários.

O que fez novos milionários em 2001, já não os faz em 2023, e a tendência é que o mercado continue se modificando.

No começo dos negócios online, quem negociava livros e produtos usados no Mercado Livre poderia construir uma grande fortuna.

Hoje, isso ainda funciona, mas para muito menos pessoas, e que, provavelmente, começaram nos tempos áureos desse tipo de negócio.

Dropshipping

Em 2010, por exemplo, quem trabalhava com dropshipping tinha uma verdadeira máquina de ouro nas mãos. Bastava criar um e-commerce ou uma conta nos principais marketplaces para poder vender desde as melhores chaleiras elétricas produzidas na China aos mais disputados perfumes e tênis importados de marcas americanas.

Agora, quando todo mundo tem um smartphone nas mãos e aplicativos como Shoppe, Shein e Aliexpress, comprar produtos importados se tornou mais simples. Não é preciso contar com intermediadores.

Ainda há muito dinheiro envolvido no “drop”, mas é inegável que a tendência é que haja a redução da margem rentabilidade deste tipo de negócio, visto que está se tornando cada vez mais fácil importar, e cada vez mais rápido receber produtos vindos do exterior.

Infoprodutos

A venda de cursos e treinamentos lançou diversos gurus ao mercado, e fez com que muitos novos milionários chegassem às mídias sociais.

Muitos vendiam cursos que ensinavam a vender cursos. O que pode parecer estranho (e talvez seja). Mas, o fato é que funcionou para muita gente.

Agora, o mercado está mais desconfiado sobre esse segmento, batizado, erroneamente, de marketing digital – que é muito mais do que treinamentos de vendas de produtos, sejam quais forem, mas ainda há espaço para quem tem, de fato, algo útil para ensinar.

Há cursos de artesanato, música, desenvolvimento de sites e programação, adestramento de animais, idiomas, preparatórios para provas como Enem e vestibulares, e vários outros que realmente agregam valor para quem quer iniciar um negócio ou progredir em alguma área do conhecimento.

Quem oferece bons conteúdos ainda tem boas chances de sucesso no mercado.

Encapsulados e/ou manipulados

De uns anos para cá, e, em partes, por causa da venda de infoprodutos que ensinavam como fazer isso, fórmulas encapsuladas ou manipuladas, também passaram a se tornar produtos muito comercializados na internet.

Em boa parte destinados ao emagrecimento, como as cápsulas detox, ou a solução de problemas pontuais, em conta gotas, como o Minoxidil barba, os produtos naturais, fitoterápicos, formulados e homeopáticos ganharam muito espaço no mercado digital.

Com treinamentos que ensinam do zero a como criar uma marca ou se tornar um revendedor desse tipo de produto, muita gente está dando início a esse tipo de negócio.

Obviamente, quem começou primeiro, conseguiu descobrir os primeiros macetes do mercado e já conquistou sua fatia, facilitando que permaneçam em boas posições frente aos novos concorrentes, mas quem ainda quer se arriscar nessa seara, tem grandes chances de colher bons frutos.

Cenário

Segundo dados da  8ª edição do NuvemCommerce, estudo anual sobre o e-commerce e empreendedorismo brasileiro realizado pela Nuvemshop e divulgado pela PEGN (Pequenas Empresas, Grandes Negócios), o faturamento das vendas pela internet aumentou 17% em 2022, acumulando R$ 2,7 bilhões — 400 milhões a mais que no ano anterior.

As estimativas para este ano são que o crescimento seja tão grande, ou maior, do que o apresentado no ano anterior, servindo como motivação para quem deseja começar a trabalhar pela internet, com vendas de produtos ou serviços.

Comparando com outros setores do mercado, o digital é o que ainda tem mais portas de entradas abertas, além de ser um dos segmentos em que o faturamento e a renda costumam ser mais escaláveis.

Quem deseja começar, ainda está a tempo de pegar o trem. Ele já está andando, mas há alguns lugares disponíveis nas janelinhas, por enquanto.