A volta do Horário de Verão: O que esperar em 2024? - Super Rádio Tupi
Conecte-se conosco

Últimas Notícias

A volta do Horário de Verão: O que esperar em 2024?

Horário de Verão no Brasil: Prós, Contras e a Possível Retomada em 2024

Publicado

em

Horário de Verão--Créditos: depositphotos.com / usamedeniz

No Brasil, o horário de verão foi uma prática anual adotada em várias regiões com o objetivo de economizar energia através do melhor aproveitamento da luz natural. Esta medida, no entanto, foi extinta em 2019 durante o mandato do então presidente Jair Bolsonaro (PL), sob a justificativa de que a economia de energia era insignificante. No entanto, o debate sobre sua reintrodução voltou à tona em 2024, com o apoio do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.

História do horário de verão no Brasil

Implementado pela primeira vez em 1931 sob o governo de Getúlio Vargas, o horário de verão passou a ser uma prática intermitente no país. Seu principal benefício era a redução da demanda por energia elétrica durante os horários de pico. Em 1985, uma seca histórica levou ao racionamento de energia e água, tornando o horário de verão uma medida anual. Este regime durou até 2019, quando foi revogado por Bolsonaro.

Horário de Verão: Quais são as Vantagens?

O adiantamento dos relógios em uma hora traz algumas vantagens interessantes, conforme apontam estudiosos e especialistas do setor elétrico. A seguir, listamos alguns dos principais benefícios:

  • Economia de Energia: A defasagem de uma hora na rotina reduz o uso de luz artificial e eletrodomésticos durante a tarde e início da noite.
  • Aproveitamento de Fontes Renováveis: Com a crescente participação das fontes eólica e solar na matriz energética, o horário de verão pode ajudar a otimizar a utilização dessas fontes.
  • Aumento nas Vendas do Comércio e Bares: A hora adicional de luz do dia pode aumentar o fluxo de pessoas nas ruas, impulsionando o comércio e o setor de bares e restaurantes.
  • Segurança Pública: Maior luminosidade no final do dia pode reduzir a incidência de crimes e acidentes de trânsito.

Como a Sociedade Reage à Volta do Horário de Verão?

Recentemente, o debate sobre a volta do horário de verão ganhou força com o apoio de diversos setores da sociedade. A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) estimou um aumento de até 15% no faturamento com a mudança dos relógios, o que beneficiaria a economia através da geração de empregos e circulação de recursos.

Pesquisas apontam divergências na opinião pública, com uma ligeira maioria favorável ao retorno da medida. Uma pesquisa realizada pela Abrasel em parceria com o site Reclame Aqui mostrou que 54,9% dos entrevistados são favoráveis à volta do horário de verão, enquanto 28% são contrários e 16,9% demonstraram indiferença.

Será que o horário de verão vai voltar?

A decisão sobre a reinstauração do horário de verão em 2024 está nas mãos do presidente Lula, com base em estudos em andamento pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Com o nível dos reservatórios hidrelétricos preocupante, a medida pode ser importante para garantir a segurança energética e conter os custos de eletricidade.

Também vale destacar que, recentemente, a Aneel acionou a bandeira vermelha nas contas de energia pela primeira vez desde 2021, como forma de alertar os consumidores para a necessidade de economia.

Os Contrapontos ao Horário de Verão

Por outro lado, há sérias desvantagens associadas à mudança de horário. Elas incluem:

  • Impacto no Relógio Biológico: A alteração pode afetar a produção de hormônios e causar desconforto, especialmente entre adolescentes e crianças pequenas.
  • Dificuldades no Setor Agropecuário: A mudança de horário afeta a rotina de animais como gado bovino, impactando negativamente a produção leiteira.
  • Dessincronia de Horário: O Brasil, com seus quatro fusos horários, vê uma crescente dessincronia entre as regiões, dificultando a execução de atividades nacionais.

Em resumo, o retorno do horário de verão em 2024 ainda é incerto, mas é claro que a medida possui tanto defensores quanto críticos, cada um com argumentos válidos. A decisão final deverá equilibrar os benefícios econômicos e de segurança contra os potenciais impactos negativos na rotina e bem-estar da população.