Sentinelas 15:55h
TSE aprova financiamento proporcional a candidatos negros a partir de 2022
Confira o que foi destaque no Sentinelas da Tupi, desta quarta-feira
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(Foto: Erika Corrêa / Divulgação: Super Rádio Tupi)
O Tribunal Superior Eleitoral aprovou na noite desta terça-feira (25), a imposição aos partidos de que o dinheiro do Fundo Partidário e do Fundo Eleitoral seja destinado de forma proporcional às campanhas de candidatas e candidatos negros. A obrigação passa a valer a partir da eleição de 2022, porque a maioria dos ministros do TSE entendeu, que deveria ser respeitada a regra da Constituição que exige ao menos um ano de antecedência para alterações no processo eleitoral.
Qual a importância desta medida para cenário político do país?
No julgamento, 6 dos 7 ministros do tribunal foram favoráveis às cotas para financiamento de candidaturas negras. A distribuição proporcional também deverá ser observada na divisão entre os candidatos, do tempo de propaganda em rádio e TV do horário eleitoral gratuito a que o partido tem direito.
O Ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Tribunal Superior Eleitoral, enumerou as razões para esta tomada de decisão.
A advogada e articuladora política do movimento Mulheres Negras Decidem, Laura Astrolábio, fala sobre a pouca representatividade dos negros e negras na política nacional e da importância desta ação afirmativa.
A doutora Laura ressalta que esta determinação fez falta nas últimas eleições.
Nesta quarta-feira (26), se celebra o Dia Internacional da Igualdade Feminina. A doutora Laura Astrolábio diz que a questão das cotas de gênero também é um agravante na política do país.
Um estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) apontou que na última eleição da Câmara dos Deputados, mulheres brancas eram 18,1% das candidatas e receberam financiamento proporcional dos partidos, também de 18,1% dos recursos. Já as mulheres negras eram 12,9% das candidatas e receberam apenas 6,7% da verba.
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