Sentinelas 15:55h
Ocupação policial no Complexo do Alemão completa 10 anos neste sábado
Confira o que foi destaque no Sentinelas desta sexta-feiraA ocupação policial no Complexo do Alemão completa 10 anos neste sábado, 28 de novembro. A promessa do Governo do Estado em oferecer policiamento e serviços públicos aos moradores da região foi cumprida por um tempo, mas, segundo moradores do conjunto de favelas, uma década depois, a realidade é diferente. Especialistas em segurança pública, sociólogos, ex-oficiais da PM e, o termômetro para quem não vive lá, os moradores, todos foram ouvidos e trazem relatos sobre a operação cinematográfica de 2010.
A megaoperação que tinha o objetivo de retomar as áreas ocupadas pelo tráfico de drogas, no Alemão, ocorreu como resposta a uma série de crimes que aconteciam no Rio. Centenas de carros, ônibus e caminhões foram incendiados e, para a polícia, essa foi uma reação dos bandidos contra o projeto de Unidade de Polícia Pacificadora (UPP). No dia da operação, blindados da Marinha já ocupavam o Complexo da Penha, próximo dali, antes mesmo que a polícia subisse a favela. O ex-comandante das UPPs, coronel Frederico Caldas, considerou o projeto como um fracasso.
Morador do Complexo do Alemão, o fundador do coletivo Voz das Comunidades, Rene Silva, fez um paralelo entre a data da ocupação e os tempos atuais.
Na época, grande parte da população do asfalto, acompanhou tudo o que acontecia dentro do conjunto de favelas por meio das redes sociais de Rene Silva. O jovem conta a experiência de noticiar a invasão e o que o motivou a publicar detalhes sobre a ação.
André Rodrigues, especialista em Segurança Pública fez uma análise da ocupação e comentou sobre denúncias de truculência por parte dos policiais.
Recentemente, o governo do Rio de Janeiro afirmou que pretende ampliar os serviços para a população na comunidade. Inclusive, o governador em exercício, Cláudio Castro, determinou que a Secretaria de Transportes enviasse para arbitragem o caso do teleférico do Alemão, parado desde 2016. Segundo ele, a população precisa ter de volta este serviço o quanto antes.