Sentinelas 15:55h
Novo coronavírus e tabagismo uma combinação fatal
Confira o que foi destaque no Sentinelas desta segunda-feiraAinda não se sabe ao certo como a covid-19 age em cada corpo humano. A única certeza que médicos e pesquisadores têm é de que o vírus inflama o organismo e ataca de forma mais grave as pessoas consideradas grupo de risco. Além das comorbidades, que são as doenças preexistentes, e dos idosos, os fumantes também fazem parte deste grupo. Fumar não só favorece o agravamento da infecção como a própria transmissão do vírus.
Por que novo coronavírus e tabagismo são uma combinação fatal?
Segundo a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, o tabagismo aumenta o risco de complicações de dezenas de doenças, em especial, as cardiovasculares isquêmicas infarto do miocárdio e derrame cerebral, doenças respiratórias, como bronquite e enfisema, e diversos tipos de câncer.
O Professor da Faculdade de Medicina do Centro Universitário de Volta Redonda, Doutor Gilmar Alves Zozin, fala sobre a fragilidade dos fumantes em meio a Pandemia covid-19.
A pedagoga, Andrea Reis, Chefe da Divisão de Controle do Tabagismo do Instituto Nacional do Câncer, ressalta o trabalho do Programa Nacional de Apoio ao Fumante e Controle do Tabagismo que, desde a década de 1980, desenvolve campanhas. Andrea ressalta as primeiras providências a serem tomadas por quem quer deixar de fumar.
Andrea Reis diz também que, para muitos, o cigarro é usado como um alívio na hora do estresse e por isso é necessário buscar novas formas de lidar com as demandas do dia a dia.
Uma pesquisa feita com 45 mil brasileiros adultos por pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz, da Universidade Federal de Minas Gerais e da Universidade Estadual de Campinas apontou que o sedentarismo e o consumo de álcool, de tabaco e de alimentos industrializados, tornaram-se mais frequentes durante a pandemia. A Psicóloga Raquel Mello fala sobre a importância de buscar ajuda de especialistas para mudar comportamentos nocivos à saúde.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, a perspectiva de mortalidade atual pelo uso do cigarro em países desenvolvidos e em países em desenvolvimento é de 6 milhões. Para o ano de 2030, esta perspectiva é de 3 milhões em países desenvolvidos e de 7 milhões em países em desenvolvimento, isto significa 10 milhões de mortes ligadas ao uso do tabaco em 2030. Ainda segundo a OMS, o tabaco mata mais que a soma de mortes por AIDS, cocaína, heroína, álcool, suicídio e acidentes de trânsito.