Ministro da Saúde Nelson Teich deixa governo Bolsonaro

O ministro da Saúde, Nelson Teich, anunciou, hoje, a saída dele do governo de Jair Bolsonaro. O pedido de demissão do ministro acontece menos de um mês após ele substituir Luiz Henrique Mandetta na pasta. Uma entrevista coletiva está marcada para esta tarde no ministério para esclarecer as razões da demissão. Como a saída de mais um Ministro da Saúde em meio a Pandemia do novo coronavírus vai repercutir no país?

A permanência do Ministro da Saúde Nelson Teich  foi colocada à prova em algumas ocasiões, Assim como o ex Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, Teich defendeu publicamente posições contrárias as do presidente Bolsonaro, quanto ao distanciamento social como medida de combate à pandemia do novo coronavírus. Bolsonaro defende que apenas pessoas do grupo de risco fiquem em isolamento. Na última segunda-feira, o Ministro Teich se viu em uma situação bastante desconfortável, quando foi surpreendido pelos jornalistas que o questionaram sobre o decreto do Presidente Bolsonaro que  ampliava a lista de serviços essenciais.

Analistas consideram que o uso da cloroquina tenha sido o estopim. Teich postou em uma rede social, nesta semana, que o uso da cloroquina no tratamento contra a Covid-19 deve ser feito com restrições, já que a substância pode desencadear efeitos colaterais. O presidente, por sua vez, é um dos principais defensores do medicamento.

O Cientista político Guilherme Carvalhido ressalta a instabilidade do país para além dos problemas com a saúde pública.

O jornalista Vicente Nunes, editor executivo do Correio Braziliense e especialista em economia, analisa a repercussão desta nova baixa no governo Bolsonaro.

Em apenas um ano e quatro meses de governo do Presidente Jair Bolsonaro, nove ministros já deixaram os cargos. Antes de NelsonTeich já haviam saído Gustavo Bebbiano, da Secretaria Geral, Ricardo Velez  da Educação, Carlos Alberto dos Santos Cruz, da Secretaria de Governo, Floriano Peixoto, da Secretaria Geral, Osmar Terra, da Cidadania, Gustavo Canuto do Desenvolvimento Regional, Luiz Henrique Mandetta, da Saúde e Sérgio Moro da Justiça e Segurança Pública.