Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha

Ocupar cargos de liderança em corporações públicas e privadas, ser protagonista e contar a sua própria história. Estas são algumas das reivindicações que estão na pauta  das mulheres negras que hoje celebram o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha.

A data foi criada pela Organização das Nações Unidas, ONU, durante o 1º Encontro de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-Caribenhas, em Santo Domingo, na República Dominicana, em 1992. O objetivo é lembrar a luta e a resistência dessas mulheres contra racismo, o machismo, a violência, a discriminação e o preconceito dos quais elas ainda são vítimas. Apesar de toda opressão, as mulheres pretas resistem e avançam. Se as barreiras que encontram pelo caminho são muitas, as conquistas também são e merecem ser celebradas.

Salve a Mulher Negra!

A representação política feminina negra ainda é muito baixa no Brasil.  a diferença salarial entre um homem branco e uma mulher negra, com nível de formação igual, é maior que 100%, de acordo com dados do Instituto de Ensino e Pesquisa, INSPER, publicados em 2020. O estudo do mesmo instituto, realizado em 2017, aponta que 66% dos homicídios femininos foram de mulheres negras.

A professora no Instituto Federal de Goiás e Membro da Rede de Historiadores Negros, Janira Sodré, celebra a data e ressalta avanços e retrocessos.

Para marcar a data, a Prefeitura do Rio lançou o Prêmio Glória Maria. O repórter Marcos Antônio de Jesus acompanhou o evento.

No próximo domingo (30), acontecerá no Rio, a nona edição da Marcha das Mulheres Negras. A assessora do Fórum Estadual de Mulheres Negras do RJ e uma das organizadoras da marcha Marcele Esteves. Fala sobre a importância de reivindicar e celebrar.

E Marcele convida.

A atriz e poeta Elisa Lucinda também destaca a importância de celebrar a mulher negra. 

Para brindar a data, Elisa Lucinda recita o poema “Vozes Guardadas”.