Sentinelas 15:55h
Cirurgia reconstrutiva de lábio leporino entra na lista de procedimentos do SUS
Confira o que foi destaque no Sentinelas da Tupi Especial desta terça-feiraO lábio leporino é uma abertura no lábio ou no céu da boca, resultantes desenvolvimento incompleto dessas áreas o lábio enquanto o bebê ainda está se formando, dentro da barriga da mãe. Nos casos mais comuns o lado esquerdo e o direito do lábio não se juntam, formando uma linha vertical aberta na boca da criança. Até o mês passado, só as unidades de saúde particulares, realizavam a cirurgia para corrigir essa má formação. No entanto, uma lei aprovada pelo Senado Federal garante que esse procedimento, seja realizado no Sistema Único de Saúde.
Saiba mais detalhes sobre essa medida
Dados do Senado Federal indicam que são registrados 5.800 casos de bebês com fissuras labiopalatais todos os anos no Brasil. Por causa disso, a Comissão de Assuntos Sociais aprovou o Projeto de Lei, que torna obrigatória a cirurgia reconstrutiva de lábio e fenda, em todas as unidades do Sistema Único de Saúde.
Para senador Paulo Rocha, Líder do Partido dos Trabalhadores (PT) no Senado, a medida ajudará a reverter o quadro de más-formações congênitas no país.
A medida garante o encaminhamento imediato após o nascimento da criança para a realização da cirurgia plástica na rede pública de saúde. O texto estabelece que o SUS é obrigado a prestar serviço gratuito de cirurgia plástica reconstrutiva e tratamento pós-cirúrgico.
O porteiro, Almir Dutra, pai de uma criança portadora da doença, fala sobre a importância do procedimento.
Uma das ideias da proposta é mostrar como a medida pode salvar a vida de um recém-nascido, já que em virtude do problema, muitos não conseguem se alimentar.
O cirurgião buco-maxilo-facial, Bruno Chagas fala de outras complicações causadas pelo lábio leporino.
Os impactos psicológicos e sociais da doença atingem também os familiares, que muitas vezes têm dificuldades de acesso a centros especializados. A fenda palatina e o lábio leporino são as mais frequentes anomalias congênitas craniofaciais e atingem 10 em cada 10 mil crianças nascidas em todo o mundo.