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Brasil

Pesquisa da Fiocruz analisa a Covid-19 Longa entre os brasileiros

Efeitos prolongados da doença foram mais frequentes entre os indivíduos não vacinados e mais de 80% dos participantes com Covid-19 longa demandaram serviços de saúde

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Pesquisa com brasileiros que tiveram Covid-19 mostra que quase 60% deles desenvolveram a doença de forma prolongada (Covid-19 Longa), tendo apresentado sintomas durante, pelo menos três meses, após a fase aguda.

Realizado pela Rede de Pesquisa Solidária em Políticas Públicas e Sociedade da Fiocruz, o estudo utilizou um questionário on-line divulgado por e-mail e nas redes sociais, e dirigido a pessoas que tiveram a enfermidade causada pelo coronavírus.

Para a análise, foram considerados os 1.230 participantes que responderam ter tido seu diagnóstico de Covid-19 confirmado por teste PCR. Desses, 720 mantiveram sintomas por três meses ou mais, e 496 relataram ainda não estar totalmente recuperados no momento da pesquisa.

Os efeitos prolongados da doença foram mais frequentes entre os indivíduos não vacinados e mais de 80% dos participantes com Covid-19 longa demandaram serviços de saúde por causa da persistência dos sintomas.

Fadiga, ansiedade, perda de memória e queda de cabelo foram alguns dos principais sintomas apontados pelos participantes. Ao todo, eles citaram mais de 50 sintomas persistentes, agrupados em dez categorias: cardiovasculares/coagulação, dermatológicos, endócrino-metabólicos, gastrointestinais, músculo-esqueléticos, renais, respiratórios, neurológicos e de saúde mental, além de sintomas gerais, como dor e tontura.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), entre 10% e 20% dos pacientes considerados livres do Sars-CoV-2 e da doença aguda podem apresentar Covid-19 longa, isto é, entre 2,8 milhões e 5,6 milhões de brasileiros poderão precisar de cuidados de saúde por sofrer de Covid-19 longa.